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segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

Dólar fecha a manhã em alta de 1,27%, cotado a R$ 3,423

20/01/2003 13h53 – Atualizado em 20/01/2003 13h53

O mercado de câmbio teve mais uma manhã de mau humor e liquidez reduzida, e o dólar subiu 1,27% no final da primeira etapa de negociação, cotado a R$ 3,418 na compra e R$ 3,423 na venda. O feriado americano de Martin Luther King reduziu o volume de negócios e favoreceu as pressões. Além da pressão causada pelo temor de guerra no Oriente Médio, o mercado reagiu mal diante de notícias internas, como a mudança nas rolagens de contratos de swap cambial e a aceleração da inflação medida pela Fipe.

O Banco Central (BC) modificou o método de rolagem de dívidas públicas em swap cambial, de forma que o juro intermediário final e uma parte do principal dos vencimentos deixarão de ser renegociados. Com isso, o BC deverá rolar daqui em diante aproximadamente 90% das dívidas em swap. Segundo o próprio BC informou, a dívida de US$ 1,3 bilhão que vence na quarta-feira já está renegociada, com a rolagem de 87,9% do valor. Segundo as tesourarias dos bancos dealers, a medida já era esperada, devido à necessidade de o país conter as dívidas atreladas ao câmbio. A principal crítica que se fez à medida é o dia escolhido pelo BC para divulgar o comunicado.

Isso porque o feriado americano reduziu a liquidez dos negócios e acabou por favorecer a pressão. O outro destaque negativo do dia foi a aceleração da inflação medida pelo IPC-Fipe na segunda quadrissemana de janeiro. A taxa ficou em 1,79%, acima do 1,74% da prévia anterior. O índice foi mal recebido porque contraria a tendência de baixa dos demais e é divulgado justamente às vésperas da primeira reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom). Para uma parcela dos investidores, a manutenção da inflação em patamares elevados poderia justificar uma alta entre 0,5 e 1 ponto percentual na taxa Selic, hoje em 25% ao ano. Para a maioria dos analistas, no entanto, a expectativa é de manutenção da taxa.

Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o Depósito Interfinanceiro (DI) de fevereiro, que projeta os juros de janeiro, está em 25,18%, o que indica predominância das apostas em manutenção dos juros básicos. O DI de abril, o mais negociado, está em 25,33%, contra os 25,21% do fechamento de sexta-feira. Já o DI de julho, que começa a ganhar maior liquidez, passa de 25,16% para 25,28% anuais.

O cenário externo incerto também é levado em consideração nos cálculos do mercado. A possibilidade de guerra dos Estados Unidos contra o Iraque gera o temor de que os investidores estrangeiros evitem o risco das economias emergentes e migrem para investimentos considerados mais sólidos. O C-Bond, principal título da dívida externa brasileira, registra baixa de 0,26%, cotado a 69,93% do seu valor de face.

Fonte: Globonews

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