34.5 C
Três Lagoas
segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

Meirelles já define os juros

20/01/2003 13h45 – Atualizado em 20/01/2003 13h45

O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne na terça e na quarta pela primeira vez no governo do PT, com o Banco Central sob o comando de Henrique Meirelles. A expectativa da maior parte dos analistas é de que os juros básicos sejam mantidos em 25% ao ano, uma vez que o câmbio e o risco país recuaram desde o último encontro da instituição e a inflação tem perdido fôlego.

Ainda há, no entanto, quem defenda mais um aumento da Selic, por entender que os índices de preços e as expectativas de inflação do mercado continuam em níveis elevados. Para alguns, o Copom deve elevar a Selic também para que o novo presidente do BC estabeleça desde já uma reputação de austeridade na condução da política monetária. Há ainda quem defenda um corte dos juros, mas essa é uma posição minoritária.

O recente recuo do dólar é um dos principais motivos que levam muitos economistas a acreditar na manutenção da Selic. A moeda, que estava em R$ 3,60 na reunião de dezembro do Copom, oscilou boa parte deste mês na casa de R$ 3,30, apesar de ter fechado sexta-feira em R$ 3,375, por causa da tensão no cenário externo. O economista-chefe do Unibanco, Alexandre Schwartsman, ressalta que a queda do dólar tem um impacto favorável sobre os preços dos bens comercializáveis internacionalmente (conhecidos como tradables), mais sensíveis à variação do câmbio. Os preços no atacado e os agrícolas começam a perder força.

Ele entende ainda que, como os juros subiram de 18% para 25% ao ano desde outubro, seria recomendável o BC esperar um pouco mais para verificar o impacto desse forte aperto monetário sobre o nível de atividade.

Fonte: Jornal de Brasília

Leia também

Últimas

error: Este Conteúdo é protegido! O Perfil News reserva-se ao direito de proteger o seu conteúdo contra cópia e plágio.