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terça-feira, 23 de dezembro de 2025

Prostituição internacional : Estudante amazonense está desaparecida e familiares acreditam que ela f

20/01/2003 09h43 – Atualizado em 20/01/2003 09h43

Familiares da estudante RFS, 20, reforçaram as acusações contra a máfia internacional responsável por recrutar mulheres em Manaus, Belém e Boa Vista para se prostituírem no Suriname.

A tia de RFS, Marlene da Silva, 37, e a avó dela, Isabel Ferreira da Silva, 65, estão aflitas e confirmaram que a jovem teria sido vendida em Manaus como uma mercadoria por uma mulher conhecida apenas como “Sheila” para a a manicura Rozilda Cardozo de Souza, 35, que foi responsável por levá-la para Paramaribo. Parentes contaram que não tinham como informar o valor da negociação.

A aflição dos parentes aumenta mediante contatos feitos pela estudante que, a cada telefonema feito de Paramaribo demonstra estar desesperada para retornar a Manaus. “Nas últimas ligações ela estava desesperada”, contou Marlene, que disse que na última ligação um voz masculina teria informado que RFS já teria sido até morta na capital do Suriname.

O desespero de que o pior possa ter ocorrido é tanto que ontem os parentes voltaram a se mobilizar para pedir ajuda à Polícia Federal em Manaus e Belém par tentar trazer RFS de volta.

O alvo das providências, segundo eles, seria Rozilda e a mulher conhecida como Sheila. “São elas que podem dar pista de onde está não só Regiana mas as outras garotas que foram levadas pelos integrantes dessa Máfia”, afirmou a avó Isabel.

Os familiares criticam o pouco empenho da Polícia Federal que, de acordo com eles, ainda não teria tomado providências a respeito do caso. “É preciso que algo seja feito já que não só a Regiana mas outras garotas provavelmente estão sendo mantidas numa espécie de escravidão e obrigadas a se prostituírem naquele país”, afirmou Marlene.

O que mais preocupa é o que RFS pode estar sofrendo. “De quinze dias para cá ela fez quatro ligações, duas para a mãe dela em Belém, uma para mim e outra para a avó. Ela dizia que não podia falar muito e chorava pedindo para que fizéssemos alguma coisa para ela voltar para cá”, afirmou a tia. “Por isso algo tem que ser feito.”

Suspeita é libertada

A titular da Delegacia Especializada em Apoio e Proteção à Criança e ao Adolescente (Deapca), delegada Graça Silva, que comanda as investigações da nova rede internacional de tráfico de mulheres, disse ontem que teve que soltar Rozilda por não ter muitas provas contra ela.

Mas apesar de libertar a suspeita, a delegada disse que dará continuidade às investigações no inquérito da rede de tráfico internacional de mulheres. De acordo com ela, as investigações serão intensificadas já que poderá contar com o apoio do Ministério Público Federal e da Polícia Federal nas apurações do caso.

A delegada não quis revelar a estratégia que adotará nas investigações, mas adiantou que uma da metas era ouvir todas as pessoas denunciadas e tentar conseguir trazer de volta para Manaus RFS e as garotas identificadas como Patrícia, Rosângela, Ana e Luciana, que estariam sendo mantidas em regime de escravidão e cárcere além de estarem sendo obrigadas a se prostituírem no Suriname.

Fonte: Portalnews

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