21/01/2003 15h47 – Atualizado em 21/01/2003 15h47
BUENOS AIRES – O presidente da Argentina, Eduardo Duhalde, lançou hoje um plano de reinserção trabalhista para pelo menos 400 mil trabalhadores desempregados, em um momento em que a taxa de desemprego chega a 17,8% da população ativa.
“Superamos a recessão econômica e chegou a hora de fomentar o emprego”, disse Duhalde em uma entrevista coletiva conjunta com a ministra do Trabalho, Graciela Caamaño, que convidou às empresas a se unir em “uma etapa solidária” dos planos contra o desemprego.
Caamaño explicou que o plano consiste em que as empresas peguem trabalhadores que recebem o seguro-desemprego, de 150 pesos (cerca de US$ 47) mensais, para dar-lhes capacitação com o objetivo de contratá-los definitivamente.
Em uma primeira etapa, os desempregados trabalharão quatro horas e as empresas só pagarão o vale-transporte e o seguro de acidente de trabalho, já que continuarão recebendo o subsídio do Estado.
Em um prazo determinado, estes trabalhadores passarão a fazer parte da equipe da empresa, que terá que pagar a diferença que faltar para o salário básico correspondente a sua atividade e a parte proporcional das contribuições à previdência social.
O seguro-desemprego beneficia cerca de dois milhões de desempregados, mas calcula-se que cerca de 400 mil têm experiência de trabalho que lhes permitirá ser contratados imediatamente pelas empresas.
Pouco mais de mil empresas se inscreveram em um registro criado para levar este plano adiante, segundo fontes do Ministério do Trabalho.
Eduardo Duhalde destacou que o governo ajudará as pequenas e médias empresas dedicadas à substituição de importações e à exportação, entre outras medidas para consolidar a reativação que a economia demonstra depois de quatro anos de recessão.
Fonte: Agência EFE




