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segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

Mais 2 frigoríficos reduzem abates

21/01/2003 14h37 – Atualizado em 21/01/2003 14h37

Já na indústria de Anastácio, o abate deve cair 30%, mas somente no final do mês. A queda nas operações dos frigoríficos exportadores começou na última sexta-feira, com o Bertin de Naviraí, que deu férias para mais de 800 dos 1,4 mil funcionários. Com isso a indústria reduziu seus abates, de 1,5 mil bois, para 600 a 800 unidades/dia. As justificativas do diretor do grupo Independência, Antônio Russo Neto, para a situação são as dificuldades de colocação da carne no mercado internacional (o produto, segundo os exportadores, estaria com preço mais baixo em função da possibilidade de guerra entre EUA e Iraque) e o valor da arroba praticado no mercado, de R$ 54 a R$ 55 em MS, que é considerado alto pela indústria, que se nega a pagar os preços.

Russo destaca que o preço da carne no varejo não está compatível com o atacado. “Existe o repasse de preços ao consumidor, mas não há aumento no atacado”, frisou. O empresário salienta que, diante da situação, a saída é reduzir as operações. E agora, estudamos cortar os abates no sábado, e reduzir o volume de horas extras”, frisou Russo. Ele destaca que o setor não espera perspectivas melhores de preço antes de fevereiro. Os analistas de mercado pecuário voltam a reforçar que o que está ocorrendo no mercado é uma queda-de-braço tradicional, na qual os compradores fazem pressão para que os pecuaristas reduzam o preço da arroba. Mesmo assim, a “pressão” não está surtindo efeito. Segundo o analista pecuário Júlio Brissac, os produtores estão reticentes em aceitar os preços sugeridos pelos frigoríficos e continuam diminuindo significativamente suas ofertas para abate.

No mercado atacadista, o cenário também continua o mesmo, ou seja, de dificuldades de colocação típica desta época do ano, devido às férias escolares, e de muita competitividade com as demais carnes, principalmente a de frango, que também está em baixa. Para piorar, mesmo com a arroba mais baixa não há registro de queda nos preços para o consumidor.

Fonte: Correio do Estado

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