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segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

Ocidentais vão servir de escudos humanos no Iraque

21/01/2003 14h18 – Atualizado em 21/01/2003 14h18

Uma primeira leva de voluntários, em sua maioria ocidentais, deve partir de Londres (Grã-Bretanha) no final de semana em um comboio com destino ao Iraque, onde eles pretendem servir de “escudos humanos” para locais importantes e áreas populosas no caso de um ataque liderado pelos norte-americanos contra o país. “A possibilidade de partes de corpos brancos e ocidentais voarem junto com partes iraquianas deve fazê-los pensar duas vezes sobre essa guerra imperialista do petróleo,” afirmou Ken Nichols, um ex-fuzileiro na Guerra do Golfo (1991) e organizador do protesto.

A organização dele, “We the People” (Nós, o Povo), enviará no sábado um primeiro grupo de 50 escudos humanos para o Iraque. Essa é uma primeira leva de pessoas de um total que, segundo os organizadores do protesto, pode envolver centenas ou até milhares de voluntários. O comboio de escudos humanos de Nichols é apenas um dos muitos a se dirigirem ao território iraquiano para tentar impedir uma investida militar contra o país.

Os planos de “erguer” escudos humanos traz à memória o conflito de 1991, quando o presidente iraquiano, Saddam Hussein, manteve milhares de ocidentais como reféns depois da invasão do Kuwait. Muitos desses reféns foram colocados perto de locais considerados alvos em potencial em uma tentativa de impedir ataques. O governo iraquiano também usou cidadãos do país, ao lado de alguns voluntários estrangeiros, como escudos nos bombardeios de 1998, realizados pelos EUA e pela Grã-Bretanha.

Segundo o “We the People,” os voluntários vieram de vários países ocidentais, entre os quais EUA, Grã-Bretanha, Irlanda, Suíça, Holanda, Nova Zelândia, Espanha e Dinamarca. Há alguns voluntários da Turquia, um país muçulmano.O maior ponto de concentração dos ativistas muçulmanos, porém, é a Jordânia, vizinha do Iraque. Ali, organizações civis e partidos de esquerda procuram recrutar 100 mil pessoas para servir de escudos humanos.

O governo iraquiano recebeu com satisfação esses esforços.

Fonte: Reuters

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