22/01/2003 18h31 – Atualizado em 22/01/2003 18h31
Os alunos da escola estadual João Ponce de Arruda, em Três Lagoas, estão sujeitos a passarem mais um período do novo ano letivo em sérios apuros, correndo até riscos de segurança.
A antiga escola, construída em 1958, o tradicional “Grupo Escolar”, patrimônio cultural e histórico da cidade, passa por sérios problemas de manutenção, que não podem ser mais adiados.
Infiltração de água das chuvas que tem ocasionado até perda de documentos e de outros materiais, como danos em computadores; instalações sanitárias em péssimo estado de conservação e em número insuficiente para atendimento das necessidades dos alunos, professores e funcionários; instalações elétricas antigas, que provocam superaquecimento na fiação, repleta de “gambiarras” e de improvisações; carteiras escolares quebradas; telhado ameaçando cair, devido ao desgaste do tempo; iluminação e ventilação insuficientes. Tudo isso consta em longos relatórios encaminhados à Secretaria Estadual de Educação, colocando as autoridades competentes a par da situação caótica em que se encontra a escola.
NOVA ESCOLA
A nova escola, com a mesma denominação, destinada a abrigar a mesma clientela educacional, está sendo construída, no bairro Santa Rita, mas as obras não foram concluídas a tempo de transferir os 900 alunos para o novo prédio. Além da falta de mobília, ainda restam serviços de acabamento, pintura, jardinagem e paisagismo. Não existem previsões para o término e entrega da obra, orçada em R$ 1.099.995 e iniciada há mais ou menos dois anos. A obra ainda é resultado e conquista de discussões do tão propalado “orçamento participativo”, colocado em vigor no segundo ano do primeiro mandato do governador Zeca do PT.
Sem previsão de entrega, o que tem gerado sérias e justificadas preocupações das famílias dos alunos matriculados na João Ponce, a nova escola promete ser o que existe de mais moderno, numa unidade escolar.
Além das 11 novas salas de aula, os alunos da nova escola poderão contar com sala de computação, biblioteca, laboratório, sala de TV Escola, cozinha industrial e amplo pátio de recreação. Mas, tudo isso ainda é sonho, porque ninguém sabe quando as promessas irão tornar-se reais.
Por enquanto, mesmo sob intervenção da Vigilância Sanitária, vistoria do Corpo de Bombeiros, apontando as irregularidades e os perigos de segurança, a equipe de professores e os alunos da tradicional escola precisarão arriscar-se, talvez por mais um ano.
“Nada mais podemos fazer para solucionar estes problemas a não ser insistirmos para que a nova escola nos seja entregue o mais rápido possível”, disse a diretora adjunta, Ivone da Silva Dias.
Ao mostrar instalações sanitárias, cozinha, sala dos professores, salas de aula e secretaria, completamente danificadas pelo tempo e pela falta de manutenção, Ivone dizia que há 13 anos trabalha nesta escola.
Funcionando em três períodos, a escola atende a 900 alunos, da 1ª série à 8ª série do ensino fundamental e ao programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), à noite.




