22/01/2003 11h10 – Atualizado em 22/01/2003 11h10
Na segunda-feira (20/01), a polícia da Malásia confiscou 15 PCs e quatro servidores, avaliados em US$ 39,5 mil , do escritório do provedor de notícias online Malaysiakini.com, mesmo diante dos protestos dos editores.
O site Malaysiakini, criado em 1999, é considerado por muitos malásios como o único diário online independente do país. Ao contrário das publicações impressas e em mídia eletrônica, o site tem liberdade de licenciamento para publicar notícias na Malásia pois o governo local comprometeu-se a não controlar ou censurar o conteúdo de Internet. O comprometimento alinha-se à estratégia do governo da Malásia para criar o Super Corredor de Multimídia (MSC) — uma resposta da Malásia ao Vale do Silício.
No entanto, a polícia da Malásia realizou a apreensão no site baseando-se em uma reportagem publicada na sexta-feira (17/01) pela fação Jovem do partido United Malays National Organization (UMNO) — componente dominante do partido no país governado pela coalizão conhecida como National Front. A polícia alegou que as máquinas foram apreendidas para fins de “avaliação”.
As autoridades declaram investigar a reportagem da UMNO Youth, que alega que uma carta escrita por um leitor do Malaysiakini.com e publicada no site, no dia 09/01, continha “alegações falsas”, questionando o privilégios especiais e os direitos garantidos à raça malásia pela Constituição daquele país.
Em uma coletiva de imprensa, o chefe de informações da UMNO Youth, Azimi Daim, declarou que a carta comparava a o braço UMNO Youth com o grupo de luta pela supremacia branca norte-americana, a Ku Klux Klan.
A equipe da polícia levou quatro horas para fazer a apreensão, além de gravar arquivos da equipe e listar os itens que seriam confiscados.
A ação paralisou os trabalhos da equipe editorial do Malaysiakini. No entanto, medidas emergenciais foram tomadas para que a operação seja retomada até esta quarta-feira (22/01), informaram os executivos do site.
Fonte: IDG Now!




