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terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Dólar à vista abre em alta de 0,56%, cotado a R$ 3,535

23/01/2003 08h46 – Atualizado em 23/01/2003 08h46

O dólar comercial abriu hoje em alta de 0,56%, cotado a R$ 3,525 na compra e R$ 3,535 na venda. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar para liquidação em fevereiro está em R$ 3,54, com alta de 0,42%.

Passado o primeiro impacto da decisão sobre os juros básicos da economia, os investidores devem dedicar a manhã a cálculos e ajustes finais nas cotações, principalmente no mercado de juros. A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic em meio ponto percentual, para 25,5% ao ano, dividiu opiniões, gerou críticas nos setores político e empresarial, mas agradou a maioria dos analistas de mercado.

A decisão foi interpretada como uma tentativa de manter a credibilidade do Banco Central e da política de metas de inflação. Com isso, o BC busca reverter as expectativas de inflação para o ano, de forma a fazer as taxas convergirem com a nova meta do ano, fixada em 8,5%. De acordo com dados do próprio BC, o mercado estima o IPCA deste ano em 11,19%.

Mas as cotações do dólar, os ingressos de recursos ao país e a taxa de inflação têm uma variável externa que pode determinar suas tendências. A provável guerra entre Estados Unidos e Iraque, cuja duração e conseqüências são difíceis de mensurar, pode afetar diretamente os ativos brasileiros. É o que se pode ver mais claramente no comportamento das ações e dos títulos da dívida externa brasileira.

O temor dos efeitos negativos de uma guerra já leva investidores estrangeiros a sair de posições em países emergentes, em busca da segurança de outros mercados, mesmo que para isso vejam a rentabilidade cair. O C-Bond, principal título da dívida externa brasileira, chegou custar 71% do seu valor de face na semana passada, mas ontem bateu os 67,37% do seu valor. Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), as ações registraram queda pelo sexto dia consecutivo.

Da mesma forma, o dólar deve continuar pressionado enquanto houver busca por proteção. Segundo operadores, boa parte do dinheiro das vendas de ações e C-Bonds está sendo direcionada para a moeda americana. O movimento é exatamente o contrário do que acontecia dias atrás, quando a lua-de-mel do mercado com o novo governo levou o dólar a operar abaixo dos R$ 3,30. Nas mesas de operação, ontem, os comentários eram de que o patamar de R$ 3,50, ao qual o dólar voltou ontem, pode ser um novo ponto de equilíbrio no período pré-guerra.

Fonte: Globonews

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