27/01/2003 09h20 – Atualizado em 27/01/2003 09h20
O ex-fuzileiro naval Joaci das Neves, considerado uma testemunha chave no caso do jogo do bicho em Mato Grosso, vai depor em 7 de fevereiro, na 12ª Vara Criminal de Cuiabá, sobre o assassinato do ex-sargento José Jesus de Freitas, ocorrido em abril do ano passado. Além dele, outras 12 testemunhas também vão prestar depoimento sobre o caso à Juíza Maria Aparecida Ferreira.
No inquérito judicial foram indiciados o ex-cabo Hércules e o ex-soldado da Polícia Militar Célio Alves de Souza como executores do crime. Embora Joaci tenha afirmado em depoimento ao Ministério Público Federal que João Arcanjo Ribeiro, acusado de ser o chefe do crime organizado no Estado, seja um dos mandantes do assassinato, o “Comendador”, como é conhecido, pode não ter sido indiciado.
Foi com base em depoimento de Joaci ao MPF, em outubro de 2002 , que a Justiça Federal decretou a prisão de nove acusados de envolvimento com o crime organizado em Mato Grosso. Ele está amparado no Programa Nacional de Proteção à Testemunhas e já foi ouvido pela Justiça Federal sobre o caso.
Sobre a morte do ex-sargento, em seu depoimento ao MPF, ele apontou Valdir Piran e João Arcanjo como mandantes do crime. O ex-fuzileiro naval afirmou que conheceu Jesus em fevereiro de 2002, por intermédio de seu irmão, Fernandes Leite das Neves, que fazia segurança pessoal e foi assassinado junto com o ex-sargento. Na época, Joaci trabalhava como vigia na residência de Jesus.
Fonte: MidiaNews
