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sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Lula ganha apoio mundial para o combate à fome

28/01/2003 15h18 – Atualizado em 28/01/2003 15h18

A Alemanha e a Confederação Internacional dos Sindicatos Livres (ICFTU, na sigla em inglês) deram apoio às propostas de combate à fome feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Fórum Econômico Mundial, em Davos. Lula defendeu a criação de um fundo mundial para o combate à fome e à pobreza no Terceiro Mundo, que seria constituído pelos países do G-7, os mais ricos do planeta.

A proposta de Lula será encaminhada ao G-7 pela ICFTU, que está representada no G-7 e no G-8 (G-7 mais a Rússia), em caráter consultivo. A informação foi dada ontem em Davos, pelo secretário-geral da confederação, Guy Ryder. “Vamos pressionar os governos do G-7 e do G-8”, disse. “Estamos por trás deste fundo, apoiando, e achamos que é uma idéia original e valiosa.” Para ele, “tudo o que vemos do novo presidente no Brasil, tanto no seu país como o que ele está falando internacionalmente, é concebido para fazer uma diferença para as pessoas que estão na pobreza e na fome”. E acrescentou: “Isso é exatamente a nossa visão.”

Em comunicado comum, a AFL-CIO (maior central sindical dos EUA) e a ICFTU declararam que “os sindicatos globais estão se comprometendo a apoiar a ‘nova agenda de desenvolvimento global compartilhado’ apresentada no Fórum Econômico por Lula”.

“Acho a proposta (do fundo global) excelente”, disse John Sweeney, em Davos. “Lula está pondo em prática a agenda que mostrou na sua campanha para presidente.”

Lula deixa hoje Berlim, com a promessa do presidente da Alemanha, Johannes Rau, de que poderá ajudar no programa Fome Zero. Ontem, após a reunião em que Lula foi recebido com honras militares, Rau informou ao presidente brasileiro que é membro de uma organização que tem, como finalidade, ajudar programas sociais. Os dois líderes ficaram de debater de que forma a Alemanha poderia participar do Fome Zero.

No Fórum Social, em Porto Alegre, o suíço Jean Ziegler, relator especial da ONU sobre direito alimentar, também apoiou a proposta de Lula ao G-7. “Não é só possível, é necessário, temos de fazer”, disse. “Um problema da política internacional é a falta de idéias, a indolência.” Para ele, “a força de Lula e do Brasil, que é uma grande potência, está em propor vias novas.” Segundo o relator, “o massacre silencioso da fome é o primeiro escândalo do mundo: 100 mil pessoas morrem de fome por dia e 826 milhões – um sexto da humanidade – são subalimentados”.

Fonte: Jornal da Tarde

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