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sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Mulher é torturada e morta em Salvador

29/01/2003 08h40 – Atualizado em 29/01/2003 08h40

Uma mulher jovem, de aproximadamente 20 anos, foi torturada com golpes de estilete, violentada sexualmente e estrangulada com um cadarço no local conhecido como Oiteiro, fim de linha do subúrbio de Plataforma, ontem de madrugada. O corpo foi encontrado dentro de uma cratera, numa área desabitada, vestido apenas com uma blusa marrom. A calcinha e um short preto estavam enrolados num dos pés das vítima, que tinha a seu lado um pedaço de madeira sujo de sangue. Um estilete quebrado também foi deixado no local.

A delegada Patrícia Holanda Farias, titular da 5ª Delegacia (Praia Grande), está à frente das investigações e ontem mesmo tomou o depoimento do vigia de um parque de diversões instalado nas imediações do local do crime. A.L.S, 38 anos, contou que por volta das 2h viu a garota passar namorando com um rapaz, nas proximidades da bilheteria, sendo eles seguidos por dois homens. No entanto, alegou não poder descrevê-los, pois estava escuro. Policiais da Delegacia de Homicídios também estiveram no local realizando investigações. O corpo permanece sem identificação no Instituto Médico-Legal Nina Rodrigues (IMLNR).

O levantamento cadavérico foi realizado pelos peritos José Vieira Correia e Zulivar Moraes Barbosa. A desconhecida tinha vários furos na barriga e no pescoço, acreditando-se que possa ter sido torturada, enquanto era violentada. Seu pé direito estava preso sob uma rocha, havendo suspeitas de fraturas nos braços. Às margens do buraco havia duas poças de sangue. Foram recolhidos pela perícia um par de sandálias de borracha e as roupas da vítima, além do estilete e um pedaço de madeira, possivelmente usado durante o estupro. Pela rigidez do corpo presume-se que ela tenha sido morta ainda no início da madrugada.

Depois que a notícia sobre o aparecimento do corpo se espalhou, uma multidão de curiosos tomou conta da área, todos tentando identificar a jovem, mas ninguém a reconheceu, presumindo-se que não seja moradora do bairro. “Recentemente desmatado, o local virou ponto de tráfico de drogas e desova, sendo este o segundo assassinato ocorrido ali depois do desflorestamento”, contou o presidente da associação de moradores do bairro, Sílvio Leal, chocado com o homicídio. Lembrou também que este é o quinto assassinato ocorrido no bairro só este mês.

Fonte: Correio da Bahia

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