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Três Lagoas
segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Eucalipto vendido pela Chamflora é levado para Jacareí

26/02/2003 19h00 – Atualizado em 26/02/2003 19h00

Além de se tornar um grande pólo industrial, Três Lagoas desponta também como uma principal fornecedora de matéria prima para a industria de papel e celulose para a fábrica da Votorantin e Ripasa em São Paulo.

Diariamente são transportados mais de 50 caminhões, tipo bitrem, com uma carga média de 52 m3 de toras de eucalipto, de Três Lagoas para fábricas de papel da Votorantim e da Ripasa, no estado de São Paulo.

Além da empresa Transportes Rodoviários Giovanella, estão transportando eucalipto, em menor quantidade, as empresas Transman e Binoto. Somente a Giovanella, nesta primeira fase do contrato de dois anos com a Votorantim, no período de 23 de janeiro a 25 de fevereiro, realizou 453 viagens, usando uma frota de 38 caminhões.

A madeira está sendo retirada de três grandes plantações de eucalipto, realizadas pela Chamflora, há cerca de seis anos, nas fazendas Palmito, Rio Verde e Moeda. Os eucaliptos destinavam-se à fábrica de papel Champion.

O corte e a remoção para o local da carga dos caminhões está sendo feito pelo pessoal, contratado da própria Votorantim, que usa complexas máquinas para este determinado serviço, segundo explicou Arnaldo Fomariqueli, gerente da transportadora Giovanella, em Três Lagoas.

Segundo ele, a movimentação de caminhões vai aumentar nas próximas semanas, porque a empresa passará a usar 60 caminhões bitrens.

De Três Lagoas a Jacareí (SP), no Vale do Paraíba, onde está instalada uma das fábricas de papel da Votorantim, os caminhões fazem um percurso de 1.590 km. A madeira também está sendo transportada para as cidades paulistas de Salto e Santo Antônio.

A cada 30 horas, cada um dos motoristas faz uma viagem de ida e volta. Carregados, eles demoram de 14 a 15 horas para chegar a Jacareí. “Quando o veículo está vazio, o tempo é reduzido para 10 horas”, informou Fomariqueli.

MOTORISTAS SÃO DO SUL

Maior parte dos motoristas da Giovanella são do sul, já que a empresa tem sua matriz na cidade de Estrela (RS). “Estamos providenciando a contratação de motoristas desta região, para que eles possam visitar suas famílias, nas folgas”, disse o gerente da Giovanella.

Além dos impostos, que são cobrados no posto de fiscalização da Barreira de Jupiá, a movimentação de caminhões, está também provocando aquecimento da economia local, em diversos segmentos.

O que mais está sendo beneficiado com isso, é o Auto Posto Pioneiro, localizado nos primeiros quilômetros da BR 262. Somente o abastecimento de óleo diesel dos caminhões da Giovanella movimenta mais de R$ 200 mil mensais, não contando reparos mecânicos de urgência, aquisição de peças e alimentação dos motoristas.

“Nisso não existe muita despesa, porque os motoristas estão acostumados a fazerem sua própria comida e a dormirem na cabine do caminhão”, disse Fomaruqueli.

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