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domingo, 18 de maio de 2025

Moradores sofrem com mau cheiro do córrego Anhanduizinho

08/07/2003 09h30 – Atualizado em 08/07/2003 09h30

O córrego Anhanduizinho, um dos principais mananciais de Campo Grande, formado pela união dos córregos Prosa e Segredo, outros dois símbolos da cidade por se encontrarem justamente onde, conta a história, nasceu a cidade, é um exemplo triste do mau estado de conservação dos recursos hídricos que Campo Grande tem. Ao longo do córrego, no trecho que corta a cidade, é possível ver sinais de assoreamento, depósitos de detritos e até dejetos humanos. Se para quem passa pela região o quadro assusta, para os moradores vizinhos, a situação é pior ainda.

Há quase dez anos eles suportam o desagradável cheiro que exala das águas do córrego, um sinal claro de poluição.

Os moradores contam que se sentem mais incomodados no final da tarde e à noite, principalmente na hora do jantar. “Antigamente a criançada até tomava banho aqui, mas agora, na hora da comida, à noite já sente a catinga. Dá até vergonha se tem visita em casa”, reclamou a dona de casa Maria Menezes, de 47 anos, que mora há 30 no Bairro Taquarussu, à margem do Anhanduizinho, próximo à estação de tratamento de esgoto da Avenida Salgado Filho.

Nas proximidades do Conjunto Aerorancho, um dos mais populosos da cidade, onde há outra estação de tratamento de esgoto, a dona de casa Milene de Oliveira, de 21 anos, disse temer pela saúde dos três filhos pequenos. “O agente comunitário fala que é preciso ter higiene só que aqui até cachorro morto é jogado e o duro é que o córrego passa na porta da gente”, explicou Milene Oliveira com o sobrinho Adeilson, de 1 ano ao colo ao lado da filha Gabriele, de 3 anos.

Para ela, o fato do filho de dois anos ter problemas respiratório é conseqüência dos gases expelidos nas estações de tratamento. “Vivo no posto de saúde e ele nunca sara”, finalizou`.

O córrego Anhanduizinho nasce na confluência entre o Prosa e o Segredo, próximo ao horto florestal e prossegue até fora dos limites da cidade, onde desemboca no rio Anhanduí. “Antigamente tinha até peixe”, lembra, com saudade a dona de casa Maria Menezes.

Fonte: Campo Grande News

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