13/08/2003 15h38 – Atualizado em 13/08/2003 15h38
WASHINGTON – Uma comparação do DNA humano com o de outros 12 animais mostrou que compartilhamos mais que nossos genes e que as pessoas são mais próximas dos ratos do que dos gatos, relataram pesquisadores americanos nesta quinta-feira.
A pesquisa também fortalece a teoria de que o chamado DNA-lixo, onde aparentemente não há genes (trechos que coordenam a produção de proteínas) tenha alguma função fundamental desconhecida – já que permanece quase idêntico em quase todas as espécies. O estudo também mostra que os genes são apenas uma parte pequena da nossa história genética.
Uma equipe de pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano dos EUA e de várias universidades comparou o mesmo trecho de DNA de um chimpanzé, um babuíno, um gato, um cão, uma vaca, um porco, um rato, um camundongo, uma galinha, um zebrafish (peixe), e duas espécies de baiacu com DNA humano.
Nas pessoas, este trecho de DNA é uma das regiões mais estudadas da molécula e contém o gene CFTR que, quando alterado, causa fibrose cística.
- Isso fornece algumas provas definitivas de que somos de fato mais próximos dos roedores do que dos predadores carnívoros – disse Eric Green, diretor científico do instituto e chefe da pesquisa. – Na seqüência você pode achar mudanças no genoma que ocorreram claramente em seres humanos e roedores, mas não nos outros.
As mudanças aparecem em seqüências repetitivas de DNA que, até alguns anos atrás, eram consideradas inúteis.
Os resultados do estudo estão na edição desta semana da revista científica britânica “Nature”, divulgada nesta quarta-feira.
Fonte: Reuters