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segunda-feira, 30 de junho de 2025

Ministério da Saúde garante que beijo não transmite hepatite C

04/10/2003 10h24 – Atualizado em 04/10/2003 10h24

Ao contrário do que foi divulgado em vários jornais e agências de notícias da Internet, o beijo não transmite o vírus da hepatite C, de acordo com os estudos científicos atuais. O PNHV (Programa Nacional de Hepatites Virais do Ministério da Saúde) esclarece que, segundo os consensos internacionais sobre hepatite C, até o momento, o beijo não é considerado como modo de transmissão do vírus da hepatite C.

Pode-se pegar hepatite B e C pelo sangue contaminado, compartilhando agulhas e seringas (drogas injetáveis) ou em acidentes com materiais contaminados com sangue. Relações sexuais sem o uso da camisinha e tatuagem ou piercing feitos com instrumentos não esterilizados também podem transmitir as hepatites B e C.

O estudo que motivou as reportagens sobre a possibilidade do beijo transmitir a hepatite C foi apresentado recentemente na “Interscience Conference on Antimicrobial Agents” em Chicago / USA e aponta a presença do vírus da hepatite C em amostras de saliva de alguns pacientes portadores do vírus.

Pequenas quantidades do vírus da hepatite C podem estar presentes na saliva e normalmente isso ocorre em pacientes com lesões que predispõem ao sangramento na cavidade oral (ex: gengivites, traumas e feridas da mucosa da boca).

Outros estudos revelam que a quantidade de vírus presente na saliva é muito pequena, de modo que não é considerada suficiente para o contágio. Deste modo, este estudo, como os outros já conhecidos previamente, não permite afirmar que existe transmissão do vírus C pelo beijo.

A hepatite C é causada pelo vírus HCV, cuja transmissão ocorre com as exposições pericutâneas com o sangue infectado. O risco da transmissão depende da quantidade de vírus, do tipo e da rota de transmissão, que pode acontecer pela atividade sexual, exposição perinatal ou entre usuários de drogas intravenosas, portadores de hemofilia e pessoas que receberam transfusões com sangue infectado com HCV, além da exposição ocupacional Trata-se de uma doença em geral assintomática e de longa evolução.

A maioria das pessoas infectadas não sabe que tem o vírus da hepatite C porque os sintomas podem levar mais de dez anos para se manifestar, ficando por longo prazo sem ser diagnosticada. Alguns portadores nem chegam a ser afetados fisicamente, mas em outros, a doença traz sérios riscos à saúde. Nestes casos a infecção evolui para cirroses, que podem permanecer estáveis ou progredir para o câncer de fígado.

Para evitar essa doença deve-se exigir material esterilizado ou descartável em serviços de saúde (hospitais, postos de saúde, consultórios médicos e odontológicos), nos salões de beleza, lojas de tatuagem e para a colocação de brincos e piercing. Sempre usar camisinha nas relações sexuais. Não compartilhar agulhas e seringas no uso de drogas injetáveis ou compartilhar o “canudinho” no uso de drogas inaláveis (cocaína cheirada).

Fonte:Midiamax News

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