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segunda-feira, 30 de junho de 2025

Portocarrero reúne-se com ONGs para esclarecer sobre usinas

04/10/2003 10h26 – Atualizado em 04/10/2003 10h26

O secretário estadual de Meio Ambiente, Marcio Portocarrero, esteve reunido na tarde de ontem com representantes de ONGs (Organizações Não-Governamentais) para esclarecer pontos a respeito do Decreto de nº 11.409 que altera alguns dispositivos do Decreto nº 1.581, de 25 de março de 1982 e dispõe sobre a instalação de usinas no planalto da bacia pantaneira.

Participaram da reunião Valfrido Medeiros Chaves e Luiz Carlos Ferreira Gomes representando a Sociedade de Defesa do Pantanal – Sodepan e Carlos Ronald Albaneze presidente da Sociedade Corumbaense e Pantaneira -Socepan. Foi discutido que o Decreto abre a possibilidade apenas para a instalação de usinas nos cursos d´água de influência indireta no Rio Paraguai, mas respeitando as seguintes condições: a área terá a altitude mínima de 400 metros acima do nível do mar; distância mínima de mil metros dos corpos d´água; distância mínima de cinco mil metros dos núcleos urbanos e em área cujo o solo apresenta aptidão agrícola para a cultura da cana-de-açúcar.

O Secretário de Meio Ambiente explicou ainda que a altitude mínima de 400 metros acima do nível do mar preserva toda a planície Pantaneira (Pantanal), que apresenta altitude média inferior a 200 metros. “Temos que considerar a evolução tecnológica que houve em 21 anos, além da visão sobre as questões ambientais, que na época do primeiro Decreto se considerava apenas a preservação restritiva. Hoje temos que analisar a questão de forma sócio-ambientais, incluir o homem no meio ambiente em equilíbrio com o setor produtivo”, diz Portocarrero.

O atual sistema industrial das usinas e destilarias possibilita o aproveitamento total dos efluentes líquidos (vinhaça ou vinhoto) e dos resíduos sólidos (bagaço, tortas e cinzas) como fertirrigação e adubação orgânica. Isso elimina o risco do lançamento desses efluentes nos rios, reduz o uso de fertilizantes químicos, além de diminuir sensivelmente os custos de produção da cana.

Segundo um dos representantes da Sociedade de Defesa do Pantanal –Sodepan, Valfrido Medeiros Chaves, nessa questão existe a realidade, o mito e o oportunismo. “Existem pessoas que discutem a questão de maneira oportunista e se colocam como defensoras do Pantanal e fazem disso um meio de vida”, desabafa Chaves.

Fonte:Midiamax News

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