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domingo, 29 de junho de 2025

Tendinite: inflamação nos tendões

06/10/2003 14h49 – Atualizado em 06/10/2003 14h49

Antes de definirmos o que é tendinite, devemos saber um pouco mais sobre o tendão. Podemos dizer que os tendões são estruturas compostas por tecido conjuntivo denso de forma organizada, fazendo a ligação entre as fibras musculares e proeminência óssea. Sua função é a transmissão da força produzida pelos músculos para as estruturas ligadas a ele, conseqüentemente ocorrendo o movimento.

A tendinite ou tendinopatia é descrita como uma inflamação dos tendões (tendinite) e vem acompanhada (geralmente) de inflamação da bainha que recobre os tendões, “capa” que protege os tendões (tenossinovite), podendo ocorrer em qualquer faixa de idade ou sexo. Geralmente, a inflamação da “capa” é mais intensa que a dos tendões propriamente.

Essa inflamação deve-se a microtraumas repetidos que podem ocorrer devido a desequilíbrios ou fadiga muscular, desalinhamentos articulares, movimentos errados, atrito, falta de lubrificação do tendão, grande exigência desse tendão, ou uma combinação de vários desses fatores. A patologia instala-se, pois uma demanda contínua é colocada no tecido (já debilitado) sem que haja tempo adequado para sua recuperação, de forma que a dor e a inflamação continuem, podendo piorar se não ocorrer nenhum tipo de tratamento.

Tudo isso se traduz em dor, incapacidade funcional e diminuição de força muscular para o paciente, principalmente quando ele tenta movimentar o tendão afetado, seja das mãos ou dos pés. Há também inchaço, ficando muitas vezes os tendões visíveis sob a pele em forma de cordões avermelhados e dolorosos.

Tendinites mais comuns

  • Tendão do Supraespinhoso;

  • Tendão Calcâneo;

  • Síndrome de Fricção da Banda iliotibial ;

  • Epicondilite lateral (cotovelo do tenista);

  • Tendão do Tibial posterior;

  • Tendão púbis (adutor);

  • Tendão patelar (joelho do saltador);

  • Tendão do iliopsoas;

  • Epicondilite medial (cotovelo do golfista).

Mecanismos prováveis para o desencadeamento da tendinite

Movimentos repetitivos:

Podem atingir desde indivíduos comuns, como um trabalhador de uma indústria automotiva, até atletas de alto nível. Tanto nos trabalhadores da indústria, como os atletas ocorrem o mesmo mecanismo, porém em diferentes situações. Ocorre uma sobrecarga repetitiva, compressão e atrito do tendão. A freqüência dos esforços não permitem a reparação do tecido do tendão, e predispõem a microtrauma acumulativo.

Exemplo: No caso de atletas os mais atingidos são os nadadores, tenistas e jogadores de vôlei (nos membros superiores).

Andar ou correr sobre um plano irregular

Isso induz a repetitivas forças anormais de magnitudes elevadas nas estruturas do tendão.

Exemplo: indivíduos com alteração postural ou até mesmo alterações anatômicas, podem sobrecarregar músculos que acabam trabalhando além da sua capacidade normal, levando assim a uma fadiga, e, conseqüentemente, à tendinite.

Utilização de equipamento no local de trabalho ou no esporte, que promove repetitivo stress nas estruturas do tendão:

O formato do equipamento resulta em magnitude anormal de força.

Exemplo: tamanho ou peso da raquete de tênis em pessoas que predispõem à tendinite.

Diagnóstico e tratamento

Ao avaliarmos um paciente com tendinite encontramos alguns sinais clínicos que diagnosticam a patologia. Podemos citar como exemplo a postura antálgica ao realizar o movimento (o paciente realiza o movimento de forma que ele não sinta dor), espessamento do tendão, dor quando da apalpação e no teste de força muscular há uma diminuição de força no lado afetado comparado com o lado são.

O tratamento para essa doença inclui uma visita ao médico que solicitará o repouso ou diminuição de atividade do tendão debilitado, uso de antiinflamatórios orais ou injetáveis e indicação para fisioterapia.

Na parte fisioterapêutica são realizadas medidas analgésica termoterapia (utilização dos meios físicos como calor e frio) e eletroterapia (Laser, Ultra-som, TENS, Iontoforese); exercícios mobilização passiva da articulação envolvida, alongamentos e fortalecimento isométrico.

É importante salientar a individualidade de cada paciente, pois dois pacientes podem ter tendinite no mesmo local, os dois foram tratados da mesma maneira, porém um evoluiu muito bem e reabilitou-se completamente e o outro não evoluiu quase nada e continua com dor.

Fonte:Ibest

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