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sábado, 28 de junho de 2025

Ileso, piloto elogia segurança dos carros da categoria

07/10/2003 10h19 – Atualizado em 07/10/2003 10h19

Dores no pescoço e nas pernas, o carro praticamente destruído e a provável ausência da próxima etapa, marcada para dia 26 em Curitiba. Esse foi o saldo do espetacular acidente protagonizado domingo pelo paulista André Duek (Carreira Kwikasair) durante a 6ª etapa da Copa Clio no Autódromo Internacional de Campo Grande. Duek foi tocado pelo brasiliense Bruno Miranda (Consaer Motorsport) quase no final da reta oposta, onde os carros chegam a cerca de 160 km/h, rodou para o lado interno da pista e, na volta, recebeu o impacto do carioca Nélson Silva Jr. (Murilo Pilotto Racing). Capotou oito vezes – na sua própria conta – e parou na caixa de brita na posição normal. Duek saiu rapidamente do cockpit e voltou a pé para os boxes, sem qualquer arranhão.

“Agora eu sei o que são aquelas estrelinhas que a gente vê em desenhos animados. Foi assim que me senti. Em quase 10 anos de carreira, nunca havia capotado. Quando comecei a virar, tirei as mãos da direção para não correr o risco de uma fratura. Mas elas começaram a bater no teto, e achei melhor colocá-las novamente no volante. Tudo o que eu queria era que o carro parasse de pé e não caísse no mato, porque com o calor que estava fazendo o risco de um incêndio seria grande. Felizmente, nada de mais grave aconteceu”, explicou o paulista, que fazia sua melhor prova na temporada e brigava pela 5ª colocação.

Duek nem passou pelo ambulatório do Autódromo Internacional de Campo Grande. Retornou na tarde de domingo para São Paulo e passou a noite sem problemas. Nesta segunda-feira, no entanto, com dores de cabeça e pelo corpo, preferiu descansar em casa. “Acho que as dores são normais em um acidente como esse, mas amanhã devo procurar meu médico para uma avaliação mais precisa”, informou. Duek fez questão de ressaltar o nível de segurança dos carros da Copa Clio. “Levei uma batida forte, capotei primeiro de frente, depois de lado, destruí o teto, mas a célula ficou intacta. Acho que atestado melhor de qualidade do que esse não pode existir”, brincou.

Nesta manhã, Duek assistiu ao VT da corrida na ESPN Brasil e ficou impressionado com as imagens. Mas disse que ficou mais abalado psicológica do que fisicamente. “Esse acidente não precisava acontecer. Eu nem havia freado. Naquele ponto, a gente vem em 5ª marcha, com o pé embaixo, e só na placa dos 50 metros é que freamos e reduzimos para a 4ª. Fiquei mais chateado porque o Miranda sequer se desculpou quando nos cruzamos nos boxes. Ele considerou tudo um incidente normal de corrida. Os comissários não pensaram assim e o desclassificaram. Ficou barato: ele perdeu os pontos do 5º lugar; eu perdi os pontos, um carro e a chance de proporcionar um ótimo retorno ao meu patrocinador.”

Procurado no escritório, no celular e em casa, Miranda não foi localizado nesta segunda-feira para apresentar a sua versão do episódio.

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