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segunda-feira, 30 de junho de 2025

Três Lagoas possui quase 400 casos de HIV

14/10/2003 18h05 – Atualizado em 14/10/2003 18h05

Segundo dados da equipe de prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST-AIDS), já estão catalogados 380 casos desde o inicio do programa, em Três Lagoas.

Somente nesse ano, foram notificados 25 novos casos de pessoas infectadas com o vírus HIV. Entre eles, 12 são mulheres e 13 são homens. A faixa etária mais atingida é a de 20 a 35 anos.

O auxiliar de enfermagem, Jéferson da Costa, explicou que o programa surgiu em 1989 e que, desde 1995 a média de casos permaneceu estável (20 a 35 casos por ano). Só tendo um aumento em 97, para 45 casos. Ele conta que esse aumento ocorreu devido ao surgimento do “coquetel” gratuito. “Isso fez com que muitas pessoas saíssem do tratamento particulares e viessem para cá”.

Jéferson contou também que, Três Lagoas disputa com Dourados o terceiro lugar das cidades do Mato Grosso do Sul com mais casos de AIDS. E aproveitou para explicar que o numero de infectados com o vírus vem crescendo muito nas pequenas cidades.

“Infelizmente, num panorama geral, as classes mais atingidas são as de baixa renda, e o numero de mulheres com o vírus vem crescendo tanto, que em algumas cidades chega a ser maior que o numero de homens com a doença”, disse Jeferson.

Ele ainda fez questão de enfatizar a diferença entre AIDS e HIV, explicando que o soro positivo passa a ser classificado como pessoa com AIDS a partir do momento que ele tem o vírus HIV e outra doença oportunista.

O PROGRAMA

O DST-AIDS é dividido em duas partes: o SAE-Serviço ambulatório especializado, comandado pelo Dr. Paulo Motta, que é o responsável pelo tratamento dos pacientes, e cuida do taxa dos medicamentos contidos no coquetel. E o CTA-Centro de Testagem e Aconselhamento, local onde ocorrem palestras sobre o assunto. O bom, segundo Jéferson, é que as pessoas não precisam se identificar.

As palestras são de segunda a quinta, às 8horas e às 13h30 e reúnem em média 15 pessoas, com um aumento em época de campanha de prevenção. Além da assistência social que pode estar encaminhando ao GAEVIDA se necessário.

O governo disponibiliza cerca de R$ 170 mil anualmente para o PAM (Plano de Ações e Metas), que é dividido em R$ 53,8 mil para campanhas de prevenção, R$ 79.784 para melhoria da instituição e R$ 68.834 para os projetos de assistência aos portadores.

Segundo Jéferson, a partir desse mês, esse valor total será dividido mensalmente. Essa mudança valerá para todo o país.

Renata Prandini Rodrigues

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