15/10/2003 08h16 – Atualizado em 15/10/2003 08h16
A Fundação Cultural e de Esportes de Dourados – Funced, está realizando, até o dia 8 de novembro, no Pavilhão de Eventos da Avenida Marcelino Pires – antigo Catarinense – a Exposição de Manoel de Barros, composta por 16 banners e 24 fotografias contendo poemas do escritor e fotos de animais e aves da fauna pantaneira, temas de seus escritos. As fotos são de autoria do doutor em Fotografia, José Asabino.
Manoel de Barros nasceu no Beco da Marinha, beira do rio Cuiabá em 1916. Mudou-se para Corumbá, onde se fixou de tal forma que chegou a ser considerado corumbaense e atualmente reside em Campo Grande. É advogado, fazendeiro e poeta.
Ele escreveu seu primeiro poema aos 19 anos, mas sua revelação poética ocorreu aos 13 anos de idade, quando ainda estudava no Colégio São José dos Irmãos Maristas, no Rio de Janeiro. É autor de várias obras, pelas quais foi agraciado com importantes premiações, como o Prêmio Orlando Dantas, em 1960, conferido pela Academia Brasileira de Letras ao livro Compêndio para Uso dos Pássaros.
Em 1968 recebeu o Prêmio da Fundação Cultural do Distrito Federal pela obra Gramática Explosiva do Chão e, em 1997, o livro Sobre Nada recebeu um prêmio de âmbito nacional e, em 2002, agraciado com o Prêmio Jabuti 2002, pela Câmara Brasileira do Livro na categoria ficção, pela obra O Fazedor de Amanhecer.
Cronologicamente, Manoel de Barros pertence à geração de 45, sendo considerado um poeta moderno no que se refere ao trato com a linguagem, é avesso à repetição de formas e ao uso de expressões surradas, ao lugar comum e ao chavão.
Mutilador da realidade e pesquisador e pesquisador de expressões e significados verbais, Manoel de Barros utiliza-se da temática regionalista além do valor documental para fixar-se no mundo mágico das coisas banais retiradas do cotidiano.
Fonte:Agora MS