21/10/2003 08h48 – Atualizado em 21/10/2003 08h48
O aterro sanitário de Campo Grande, mais conhecido como o lixão da saída para Sidrolândia, tem 280 catadores que atuam no local na coleta de resíduos. Levantamento divulgado em julho pela Prefeitura.
O levantamento foi realizado com os catadores no aterro de Campo Grande pelo psicólogo Sérgio Fracalanza Alves Côrrea, durante o período de 20 a 27 de julho passado e a pesquisa foi feita por uma empresa contratada pela prefeitura no período de 13 a 24 de maio de 2002. O psicólogo ministrou palestras e realizou entrevistas com 256 catadores de lixo. Fracalanza explica que a diferença se deve a presença de estrangeiros sem cidadania, outros com problemas na Justiça e alguns menores proibidos pelos pais de responderem à pesquisa.
A prefeitura estima a existência de aproximadamente 300 catadores ambulantes que atuam nas ruas, fora do aterro.
De acordo com o relatório do psicólogo Fracalanza, foi constatado que 61% dos catadores são do sexo masculino e 39% do sexo feminino. Quanto à faixa etária a maioria das pessoas que atuam no lixão possui entre 41 a 50 anos de idade, marcando 44% do total. O relatório aponta que 69% moram na periferia, a maior parte no bairro Dom Antônio Barbosa, o mais próximo do aterro. Anteriormente, 33% dos catadores trabalhavam na construção civil e 33% realizam esta atual atividade para sobreviver. Diariamente 54% coletam entre 51 a 90 quilos de materiais e 80% não possuem outra renda. 75% dos catadores trabalham oito horas por dia e 56% trabalham seis dias da semana. Dos catadores 93% pretendem continuar nesta atividade e 41% gostam do que fazem.
Fonte:RMT online