24/10/2003 15h10 – Atualizado em 24/10/2003 15h10
A engenheira química e professora da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Sônia Hess, disse ter fundamentação científica ao alertar sobre os riscos ambientais e sanitários da queima e exploração do gás natural. Ela fez a declaração ao Campo Grande News em resposta às críticas proferidas ontem pelo presidente da MSGás, Luis Landes, durante audiência pública sobre a termelétrica de Três Lagoas. Ele classificou de desonesta a atitude da professora em destacar algumas informações, o que também considerou terrorismo.
Hess disse ter dois pós-doutorados em química e estudos científicos das afirmações que tem feito. Ela alega que não se pode minimizar o risco de liberação de mercúrio na extração do gás natural e a liberação de gases nocivos na combustão. Hess disse que o tom de Landes foi para tentar desqualificá-la.
O professor da Universidade de Campina Grande (PB), Carlos Lima, também participou da audiência em Três Lagoas. Segundo ele, a termelétrica foi construída na cidade depois do projeto ter sido criticado pela comunidade em Paulínia. O professor considera a localização da usina inadequada, pois favorece a poluição na área urbana. Segundo ele, a térmica deveria ser retirada da região Norte/Nordeste de Três Lagoas e implantada na região Sul/Sudeste, onde os poluentes seriam levados pelo vento para a área rural.
Fonte:Campo Grande News