24/10/2003 15h04 – Atualizado em 24/10/2003 15h04
A fila de caminhões carregados de soja, que foram impedidos de entrar no Paraná, terminou nesta sexta-feira. Após fazer testes nos carregamentos retidos em suas divisas com outros Estados, o governo paranaense liberou os veículos. No posto de fiscalização de Jacarezinho, divisa do Paraná com São Paulo, foram identificados OGMs (organismos geneticamente modificados) em pelo menos 14 caminhões. Todos tiveram negada a autorização para transitar pelo Estado.
O governo explicou que os testes, chamados “Trait testing”, apresentaram resultados qualitativos por meio do processo de maceração e que o resultado sai em cinco minutos. Todas as despesas foram pagas pelo governo.
Algumas empresas, proprietárias dos caminhões que estavam parados desde segunda-feira, se anteciparam e contrataram laboratórios particulares para a realização dos testes. Em todo o Paraná ficaram parados cerca de 300 caminhões com soja em postos de fiscalização. Os testes continuarão sendo feitos no Estado até domingo.
Ontem, o governo do Mato Grosso do Sul ajuizou no Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação, com pedido de liminar, para impedir que o Estado do Paraná continue exigindo, como faz desde a última segunda-feira, “laudo de transgeníase” para autorizar a circulação, em seu território, de veículos com carga de soja em grãos da safra 2003. O Executivo requereu ainda a imediata liberação dos caminhões retidos nas divisas entre as duas unidades da federação por falta de documentação que comprove a origem do produto (saiba mais aqui).
O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), comparou à liberação da maconha a medida provisória do governo federal que libera o plantio de soja transgênica. “Eu não legalizaria a operação da Monsanto, introduzindo à sorrelfa [de maneira disfarçada] semente proibida no Brasil. Falta só legalizar a maconha. Eu não tenho dúvida de que o governo errou liberando os transgênicos”, declarou, segundo o jornal Folha de S. Paulo.
Fonte:Dourados News