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segunda-feira, 14 de julho de 2025

Ministros camuflam gastos de viagens

25/10/2003 08h24 – Atualizado em 25/10/2003 08h24

Os ministros Tarso Genro (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência) e Benedita da Silva (Assistência Social) criaram uma nova modalidade de viagem no âmbito da administração pública.

Ela foi a Lisboa para comemorar o Dia da África. Ele esteve em Barcelona para receber um prêmio. Ao indicar as viagens, ambos colocaram o termo “sem ônus” para os cofres públicos. Mas cada um levou consigo um assessor “com ônus” ao erário.

As viagens, que, segundo o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, são fundamentais para alavancar o desenvolvimento e colocar o Brasil na vitrine do mundo globalizado, transformaram-se na mais nova dor de cabeça do governo petista.

O ministro Agnelo Queiroz (Esporte) decidiu anteontem devolver metade do dinheiro que recebeu do governo para pagar despesas dos Jogos Pan-Americanos. Ocorre que as despesas do ministro já haviam sido pagas pelo Comitê Olímpico Brasileiro. Queiroz só tomou a decisão quando a imprensa soube do caso.

Flagrada em viagem “com ônus” para participar de um encontro religioso em Buenos Aires, Benedita, depois de relutar por mais de 20 dias, sofrer pressões, ter recebido um pedido de explicações da Comissão de Ética Pública e ser vaiada em um evento em Brasília, também devolveu aos cofres públicos R$ 4.670, valor correspondente às passagens que usou –inclusive para levar consigo a assessora Ellen Peres.

Em setembro, Peres também foi a escolhida para acompanhar a ministra a Lisboa, entre os dias 29 de maio e 1º de junho, em uma de suas oito viagens internacionais.

Conforme levantamento no Siafi (sistema de acompanhamento de gastos federais) feito pela liderança do PFL na Câmara dos Deputados, Benedita recebeu neste ano R$ 28.650 em diárias, incluídas aí as referentes a compromissos nacionais.

Para acompanhá-lo à cerimônia de “Los Prêmios Ciudad de Ldocument.write Chr(39)Hospitalet”, em Barcelona, o ministro Tarso Genro convocou seu subsecretário, José Henrique Fernandes, que ficou na Espanha de 22 a 26 de abril por conta do Tesouro.

Em resposta à Folha, o próprio ministro admite que contou com a assessoria de Fernandes na viagem, ressalvando, no entanto, que o subsecretário “desenvolveu agenda de trabalho” de “interesse do governo brasileiro”.

Fonte:Agora MS

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