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segunda-feira, 14 de julho de 2025

São Paulo vê poluição controlada em Cubatão

25/10/2003 10h28 – Atualizado em 25/10/2003 10h28

O balanço de 20 anos do Programa de Controle de Poluição Ambiental em Cubatão indica que, das 320 fontes poluidoras identificadas em 1983, quando começaram as ações, 98,4% são consideradas atualmente “sob controle”.

A Cetesb (agência ambiental paulista) mostrou os dados ontem na Câmara de Cubatão, cidade onde está o principal pólo industrial paulista e que já foi considerada a mais poluída do mundo.

Segundo Jorge Moya Diez, gerente regional da Cetesb na Baixada Santista, 20 fontes foram desativadas e 295 estão controladas, mas três unidades industriais (a refinaria Presidente Bernardes, da Petrobras, e duas da Ultrafertil) lançam poluentes no ar e duas geram resíduos que podem contaminar o solo (Copebras e Ultrafertil). Nesses casos, os métodos de controle adotados não foram considerados adequados e estão sendo corrigidos com TACs (termos de ajustamento de conduta), segundo Marcos Cipriano, gerente da Cetesb em Cubatão.

Mas o padrão de qualidade do ar na área industrial do bairro Vila Parisi ainda supera o aceitável pela lei estadual (50 microgramas por m3 para partículas inaláveis). “Não há equipamento no mundo que controle 100%. Teremos sempre residual”, disse Diez.

Para Cipriano, o problema remonta aos anos 50, origem do pólo industrial. “Estamos numa região tipicamente desfavorável à dispersão [dos poluentes]”, disse.

Ademar Salgosa, diretor do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) na cidade, concorda com Cipriano, mas diz que as indústrias já investiram no controle da poluição US$ 1 bilhão desde 1983. “Agora, há duas prioridades: mudança da imagem do pólo e retomada do crescimento.”

A promotora do Meio Ambiente Liliane Garcia Ferreira vê uma recuperação “significativa”, mas alerta para o risco de considerar o trabalho concluído. “Qualquer passo equivocado pode levar ao retorno daquela situação de 20 anos atrás”, afirmou, em referência a uma eventual incorporação de novas indústrias ao pólo.

Fonte:Agora MS

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