28/10/2003 10h05 – Atualizado em 28/10/2003 10h05
Se em todo o País há desrespeito à proibição e a soja transgênica é cultivada em Mato Grosso do Sul não seria diferente. É essa a lógica apontada por especialistas para reconhecer que nas lavouras do Estado a soja cultivada com sementes modificadas geneticamente já foi colhida e será novamente plantada.
É no que acreditam o secretário de Produção e Turismo, José Antônio Felício, o agrônomo Laurindo Petelinkar e também o presidente da Associação de Produtores de Sementes e Mudas de MS, Carmélio Roos.
Na opinião de Roos, o plantio será mais disseminado na região centro-sul do Estado. Já um produtor e também dono de uma empresa de assistência técnica rural em Dourados garante que o plantio será disseminado em todas as regiões do Estado, da fronteira com o Paraguai ao Bolsão, na divisa com Goiás. Ele inclusive está assessorando alguns agricultores.
A decisão do governo federal de exigir dos produtores a assinatura de um termo de compromisso, responsabilidade e ajustamento de conduta assumindo os riscos do plantio não deverá surtir efeito, na opinião de Petelinkar. Ele acredita que o governo, ao admitir o plantio para quem já tinha semente estocada, deveria também assumir ônus sobre os riscos do cultivo. Seria como esperar que o plantador de maconha também assinasse um termo, compara o agrônomo, que acredita que a medida afugenta o produtor.
O secretário de Produção critica a posição e afirma que o governo estadual irá fiscalizar as sementes que ingressam no estado e depois até fiscalizar lavouras. Ele alerta que os produtores que plantarem soja transgênica deverão assinar o termo, sob risco de terem problemas futuros. O prazo para entrega do documento venceria no dia 26 deste mês foi prorrogado para 9 de dezembro. Um dos locais para entrega, o Banco do Brasil, até ontem não havia recebido nenhum termo de ajustamento.
Fonte:Campo Grande News