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quarta-feira, 23 de julho de 2025

Estudo diz que celular não causa danos à saúde

31/10/2003 08h53 – Atualizado em 31/10/2003 08h53

Um estudo finlandês, apoiado por um dos líderes mundiais na fabricação de celulares, a Nokia, disse que não há evidências de que os campos magnéticos gerados pelos telefones móveis sejam prejudiciais à saúde. Financiado pela organização governamental Tekes — Agência Nacional de Tecnologia da Finlândia, o programa também contou com o apoio das empresas Benefon, Sonera, Elisa e Radiolinja, entre outras. Os resultados do estudo, que oficialmente só termina no fim deste ano, foram adiantados num seminário na Universidade de Helsinque (na capital finlandesa). “Considerando as limitações deste projeto, não encontramos qualquer indício de que os celulares afetem negativamente a saúde humana”, disse Jukka Juutilainen, pesquisador na Universidade de Kuopio (Finlândia) e coordenador do programa científico. Apesar da OMS (Organização Mundial de Saúde) sustentar que não existem provas científicas de que os celulares e as antenas de difusão de sinal prejudiquem a saúde, são frequentes os alertas para a periculosidade destes aparelhos. O programa estudou durante seis anos os possíveis efeitos dos campos magnéticos na saúde humana gerados pelos celulares e outros tipos de comunicação sem fio, envolvendo várias universidades e institutos de pesquisa na Finlândia –um país onde mais de 80% da população usa celular. Dividido em vários projetos, o programa científico estudou o efeito dos campos magnéticos nas funções de aquisição de conhecimento, no funcionamento cerebral, no sistema circulatório, nos marca-passos cardíacos e no desenvolvimento de células, entre outros. O programa analisou ainda a relação entre o uso de celulares e o desenvolvimento de tumores cerebrais. Apesar dos resultados, Juutilainen considera que algumas questões precisam de mais estudo: “Nas experiências com culturas de células constatamos, por exemplo, que os celulares produzem efeitos biológicos. Porém, ainda não é possível perceber até que ponto esses efeitos podem representar um risco para a saúde”. Outra questão que fica em aberto é o efeito específico dos aparelhos celulares nas crianças, uma matéria que apenas foi analisada por uma das universidades inseridas no programa. A continuação do projeto para além do fim deste ano ainda é indefinida. “Seria necessário continuar a investigação, mas ainda não se sabe se há financiamento”, afirmou o investigador.

Fonte:Corumbá online

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