31/10/2003 10h19 – Atualizado em 31/10/2003 10h19
O Hospital Cristo Redentor de Porto Alegre instaurou sindicância para apurar a denúncia de desaparecimento de parte da calota craniana de Stefani da Silva, de 10 anos. A paciente se recupera de uma cirurgia para retirada de um tumor cerebral. Os médicos informaram que a parte do cérebro que sumiu não causa prejuízo à paciente. A Polícia Civil e a Promotoria Especializada Criminal do Ministério Público foram comunicadas.
O pai da menina, o jornalista Jairo Miguel da Silva, 32 anos, informou em entrevista ao jornal Zero Hora que foi comunicado de que o osso retirado do cérebro havia sido perdido, talvez jogado no lixo, na última quarta-feira, dia em que ela seria submetida a uma nova operação para o fechamento da cabeça. “Disse que me conformava, mas queria que a menina tivesse atendimento garantido sempre que necessário. Achei um descaso com o ser humano”, desabafou.
Segundo Silva, a equipe médica garantiu que a parte do crânio retirada seria conservada e recolocada. “Um médico residente veio me dizer que tinham perdido o osso. Ninguém sabia o que tinha ocorrido. Uns falavam que o freezer fora degelado e o material, colocado no lixo”, sustentou.
Ontem, após reunião com a direção do hospital, a advogada da família, Neida Leal Floriano, encaminhou denúncia ao MP e à polícia. Está agendada para hoje uma operação para colocação de prótese na cabeça da menina.
Stefani mora em Maravilha (SC) e foi internada em 20 de setembro. Após nove dias, foi operada para retirada do tumor, que já comprometera 50% da visão do olho esquerdo. Em 4 de outubro, conforme o pai, a menina sofreu uma parada respiratória em decorrência de edema cerebral, e uma nova cirurgia foi feita. Desta vez, 50% da parte superior do crânio foi removida. Stefani chegou a ficar em coma, mas se recuperou.
Fonte:Dourados News