08/11/2003 09h01 – Atualizado em 08/11/2003 09h01
Pelo menos 10 funcionários da Emha (Empresa Municipal de Habitação) e 30 homens da Guarda Municipal de Campo Grande desocuparam ontem à noite as casas que haviam sido invadidas no Jardim Arco-Íris. Muitos imóveis tiveram suas portas arrombadas e danificadas durante a invasão e uma perícia policial deverá ser feita hoje.
Pelo menos é o que espera o diretor-presidente da Emha, Carlos Marun. Segundo ele, a responsabilidade pelas moradias já é dos mutuários, uma vez que as unidades foram entregues no dia 4 de novembro.
No entanto, muita gente deixou para mudar no fim de semana, deixando as casas desocupadas. Com isso, algumas famílias resolveram ocupar as residências em um “ato de vandalismo orquestrado”, conforme avaliou Marun.
Como as residências corriam o risco de ser danificadas, a Emha decidiu intervir. Marun garante que a retirada foi pacífica e ocorreu entre as 21h e meia-noite. “As famílias foram convencidas a sair”, comentou.
Jonathan de Oliveira, um dos ocupantes, foi encaminhado ao 1º DP (Distrito Policial), onde prestou depoimento. Segundo Marun, ele informou à polícia que “algumas pessoas passaram” próximo de uma área de sem-teto e partiu em direção às residências do Arco-Íris, arrombando as portas e convocando outros moradores a fazer o mesmo.
Marun preferiu não apontar responsáveis diretos pela invasão. Ele analisa que a região já tem um histórico de invasões e garantiu que não foi ato de responsabilidade de famílias acampadas próximo ao residencial.
Esse grupo, diz o dirigente da Emha, foi encaminhado para a região do conjunto Vida Nova, onde casas estão sendo construídas para abriga-las.
Por prevenção, integrantes da Guarda Municipal devem permanecer durante todo o fim de semana próximo às casas do Arco-Íris.
Fonte:Campo Grande News