18/11/2003 08h08 – Atualizado em 18/11/2003 08h08
O juiz da Vara de Execuções Criminais de Dourados, Celso Antônio Schuch Santos, disse ontem que a permanência do coronel da Polícia Militar do Espírito Santo, Walter Gomes Ferreira no presídio de Segurança Máxima Harry Amorim Costa, vai depender do secretário de Segurança Pública Dagoberto Nogueira.
A afirmação foi feita na tarde de ontem depois que Schuch conversou por telefone com o secretário que se ofereceu para ir até Dourados para explicar os motivos da transferência de Ferreira para o Mato Grosso do Sul. “Não tenho nenhum motivo para ter este preso aqui. Ele não mora aqui, não tem parente aqui, não tem nada em Dourados, por isso preciso de um motivo bem forte para mantê-lo na Máxima”, disse o juiz.
Celso Schuch acha que se o coronel veio para Dourados ficou uma vaga em aberto no Espírito Santo e que esta vaga poderia ser ocupada por algum preso de Dourados. “Tenho alguns membros do PCC e num acordo de colaboração entre os poderes um preso como o Francês (Luiz Marcos Silva Santos, apontado como um dos líderes do Primeiro Comando da Capital) poderia ir para o Espírito Santo”, argumentou o juiz.
O juiz da Vara de Execuções Criminais, disse que ficou surpreso com a vida do coronel Ferreira para a Máxima, pois existe uma superlotação no local e não existem agentes suficientes para cuidar do local.
Para esta terça-feira o juiz Celso Schuch marcou uma visita de jornalistas ao Presídio Harry Amorim Costa. Ele espera que os jornalistas conheçam a estrutura do local e depois participem de um encontro com o secretário Dagoberto Nogueira. Para o juiz os jornalistas podem ajudar a encontrar uma solução para alguns problemas existentes na unidade prisional. A visita está marcada para as duas horas da tarde. (Antonio Coca)
Fonte:Dourados News
