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sexta-feira, 6 de junho de 2025

Matador de João Morel está isolado na Máxima

20/11/2003 09h33 – Atualizado em 20/11/2003 09h33

Assassino confesso do ex-chefe do tráfico na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, João Morel, morto no dia 21 de janeiro de 2001 no presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, Odair Moreira da Silva, de 21 anos, está isolado a oito meses em uma cela da Penitenciária de Segurança Máxima de Dourados.

Jurado de morte, Odair, conhecido como Marreta pediu ajuda para membros da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, para voltar para Campo Grande. O preso reclama que não pode receber visitas da esposa e dos dois filhos e as condições da cela de seguro onde ficam os presos jurados de morte são precárias.

Marreta diss que a diretora do Departamento do Sistema Penitenciário do Mato Grosso do Sul, Zenóbia Pedrosa se opõe à transferência dele para a Capital. “Lá em Campo Grande os presos me aceitam, ninguém tem nada contra a minha pessoa, só a Zenóbia não me quer lá”, disse Marreta.

Condenado a 16 anos de prisão pela morte de João Morel, Marreta é considerado pelo sistema penitenciário como um preso indesejável. “Matei o Morel por que estava sendo ameaçado”, justificou Marreta.

O diretor da Penitenciária Harry Amorim Costa, Joel Rodrigues, disse que o próprio Marreta pediu para ficar no “seguro”. “Se a transferência dele for autorizada, ele volta para a Capital na mesma hora”, disse Joel.

Nas celas onde ficam os presos ameaçados de morte em Dourados, até oito presos dividem o mesmo espaço de pouco mais de 9 metros quadrados incluindo um vaso sanitário. O advogado Márcio Fortinne da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, disse que as condições são sub-humanas e que a direção da Máxima já foi notificada, mas que a superlotação atinge todos os setores do presídio. Doze presos deveriam ficar nas doze celas existentes e hoje 38 internos estão amontoados nelas. Marreta ocupa uma destas celas.

Fonte:Dourados News

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