10/12/2003 18h41 – Atualizado em 10/12/2003 18h41
O comerciante está sofrendo com a grande quantidade de cheques devolvidos. Sem ter com quem reclamar a solução é cobrar por via judicial através de assessorias jurídicas.
Um dos comércios que mais são afetados com cheques devolvidos são os postos de combustíveis. Um movimento nacional, desencadeada pelo Sindicato do Comércio de Produtos Derivados de Petróleo, com o apoio de outros órgãos ligados à classe, lançou em todo o País a Campanha pela Moralização do Cheque. O Sindicato quer responsabilizar a instituição financeira pela atual situação.
CULPA
A Instituição Bancária tem responsabilidade pela Emissão de Talonário de Cheque? Para alguns comerciantes de Três Lagoas a culpa é das agências bancárias. Muitos questionam o total descaso destas instituições para com o comércio em geral, questionam também de alguns procedimentos dos bancos e querem que essas agências realizem pesquisa junto ao cliente para ver se realmente ele (o cliente) tem condições para portar talão de cheques ou cartão de crédito. Sem citar nomes, alguns comerciantes informaram que com alguns reais no bolso, é possível entrar numa agência bancária, abrir uma conta e em pouco tempo receber até dois talões de cheques e um cartão de crédito. Uma das sugestões dos comerciantes da cidade é que se torne obrigatória à garantia de pagamento do cheque pelo banco até o valor de um salário-mínimo.
VÍTIMA
Uma das vítimas dos inúmeros cheques devolvidos é o Posto Pioneiro. Alexsander Pimentel Mendes, um dos gerentes, informou a nossa reportagem que está com um prejuízo de cerca de R$ 150 mil reais em cheques devolvidos. Metade desses cheques são da cidade e a outra é de outros Estados. A maioria dos cheques são de caminhoneiros que abastecem e seguem viagem para o norte do País.
Alexsander explica que desde junho deste ano o Posto deixou de pegar cheques. De cada 10 cheques pagos à vista, 2 voltam por algum motivo.
O Posto contratou uma assessoria para cobrar os “clientes”. O gerente explica que cada cheque executado em Juízo o cliente não tem como pagar. Muitos tentam um acordo extraprocesso, mas continuam inadimplentes.
