10/12/2003 15h41 – Atualizado em 10/12/2003 15h41
Brasília – Os debates no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) que se seguiram às apresentações do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e do ministro interino do Desenvolvimento, Márcio Fortes de Almeida, foram marcados por críticas à política econômica por parte de sindicalistas e pela defesa da condução da economia, por parte dos empresários.
O representante da CUT, João Felício, afirmou que é necessário alertar a sociedade sobre a “necessidade de mudar o modelo econômico”, pois só o controle da inflação não é suficiente para crescer. Ao comentar o documento sobre a política industrial, ele defendeu que 2004 seja um ano destinado a ter salário e emprego como questão central. “O documento não fala da questão do emprego, e num governo Lula isso não poderia acontecer”, disse
O representante da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, disse que os sindicalistas conseguiram, no segundo semestre, fechar acordos com as empresas que proporcionaram ganhos reais nos salários. “Mas o que conquistamos com o patronato, a Fazenda nos tira via Imposto de Renda”, disse. Ele se queixou que a falta de correção da tabela do imposto de renda faz com que os ganhos reais de salários acabem lançando alguns trabalhadores, antes isentos, na lista de contribuintes do IR.
Para o presidente da Gerdau, Jorge Gerdau Johannpeter, “a política econômica é correta”. O presidente da Federação da Indústria do Paraná, Rodrigo Loures, disse que o governo Lula obteve “um bom resultado” na decisão de manter uma política fiscal austera. “O superávit primário é a melhor âncora para o crescimento”, afirmou.
Fonte: MSN