11/12/2003 14h40 – Atualizado em 11/12/2003 14h40
Nenhum sintoma associado à baixa produção de testosterona incomoda tanto o homem quanto a perda da libido e a disfunção erétil. O percentual de problemas sexuais causados pela queda hormonal é pequeno, mas ainda é o que mais motiva o paciente a procurar um médico.
Segundo o urologista Alister de Miranda Cará, entre 2,5 e 5% das disfunções sexuais têm relação com a diminuição da testosterona. Quando a causa da diminuição do desejo sexual é baixa produção de testosterona, a terapia de reposição hormonal traz bons resultados. O mesmo não ocorre quando o homem sofre de disfunção erétil, segundo o urologista Cléverson Biscotto Ferreira.
Como a origem da disfunção sexual nem sempre tem relação com a questão hormonal, Ferreira alerta o paciente para que procure outra alternativa quando for constatada normalidade no nível de testosterona do organismo. Se a causa do problema for emocional, por exemplo, o paciente dificilmente conseguirá resolvê-lo com a terapia de reposição hormonal. A única chance de isso ocorrer é se o uso da testosterona melhorar o quadro emocional do paciente.
“É da mesma forma que o placebo. A substância não está interferindo na função sexual, mas o homem acha que sim e vai para a relação sem a carga emocional negativa de antes e acaba tendo melhor desempenho”, afirma Ferreira.
Caso contrário, o tratamento mais indicado pode ser a psicoterapia, segundo o psicólogo Paulo Granjeiro, de São José dos Campos. Ele afirma que os problemas sexuais causados por fatores emocionais são comuns. “A sexualidade mexe com a auto-estima e com o sentimento de poder do homem”.
O diálogo com o médico também pode trazer bons resultados quando a causa de disfunção não for a taxa de hormônios. “Como a origem do problema é psicológica, às vezes a conversa resolve. Em outros casos, o médico ministra um placebo ou vitamina e o paciente acaba melhorando seu desempenho, por acreditar que o produto faz efeito”, diz Ferreira.
Fonte: (Unimed São José dos Campos)