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sexta-feira, 23 de maio de 2025

MP pede demolição de porto graneleiro

11/12/2003 10h47 – Atualizado em 11/12/2003 10h47

O Ministério Público anunciou ontem que vai entrar com uma ação na Justiça Federal pedindo a demolição do porto graneleiro da Cargill, construído no Porto de Santarém, no Pará. O MP também vai entrar com pedido de liminar pela suspensão das atividades da multinacional americana no local até que a decisão da Justiça seja tomada. O porto da Cargill foi construído na praia de Santarém com base em liminar judicial, recentemente derrubada pelo Ministério Público Federal. As decisões do Ministério Público foram tomadas após consulta com representantes da sociedade civil de Santarém.

Nos últimos dias, o Greenpeace documentou extensos desmatamentos e queimadas na região. A devastação das florestas e savanas da área analisada pela organização ambientalista é provocada pelo plantio da soja, que tem atraído

produtores de Mato Grosso e do sul do Brasil. O Greenpeace está na região há mais de um mês, usando um navio, um avião e um helicóptero, para documentar o avanço do desmatamento e a exploração ilegal de madeira. As imagens do Greenpeace mostram que apesar dos esforços do governo, que anunciou recentemente um pacote de medidas e políticas para conter o desmatamento na

Amazônia, o avanço da iniciativa privada sobre áreas de floresta está ainda sem controle.

No período agosto de 2001-agosto de 2002, o desmatamento aumentou 40% em relação aos 12 meses anteriores. Análises de imagens de satélite processadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostram claramente que a destruição escapou dos limites do chamado “Arco do Desmatamento” – uma

imensa faixa que vai do leste e sul do Pará em direção ao Acre, passando pelo norte de Mato Grosso e Rondônia – para mergulhar fundo no coração da floresta.

“Observamos na Amazônia um consórcio maligno entre madeira ilegal, grilagem, pecuária extensiva e soja”, disse Paulo Adário, coordenador da campanha Amazônia, do Greenpeace. “O governo precisa implementar seus planos de conter o desmatamento e fortalecer o Ministério do Meio Ambiente, antes que seja tarde

demais para salvar extensas regiões da Amazônia da exploração predatória. O destino da Amazônia, de seus solos pobres e floresta rica em biodiversidade, é a exploração sustentável dos recursos florestais”.

Fonte:Agora MS

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