11/12/2003 07h47 – Atualizado em 11/12/2003 07h47
O deputado federal Geraldo Resende (PPS) disse que a “política de alinhamento” defendida pelos petistas douradenses está em xeque pelo fato de Dourados correr o risco de não receber, ainda esse ano, a totalidade dos recursos necessários para a completa ativação do Hospital Universitário (HU).
O parlamentar disse que ele e toda a bancada federal vêm cobrando, desde o início do atual mandato, a liberação dos recursos de R$ 4,8 milhões para a compra dos equipamentos do HU, mas na semana a área técnica do Ministério da Saúde recomendou a liberação de apenas R$ 1.354.677,00.
Isso, segundo Geraldo Resende, leva a população a questionar qual a validade da tese de que a eleição do governador, do presidente da República e do prefeito do mesmo partido seria altamente benéfica para Dourados. “O ano já está chegando ao final e até agora Dourados não recebeu nenhum benefício por ter acreditado nesta proposta”, afirma o deputado.
Segundo Geraldo Resende, esse questionamento vem sendo feito pela própria população, que sente-se ludibriada por acreditar num benefício que não se concretizou. A polêmica em torno dos recursos para o Hospital Universitário, segundo ele, é apenas um dos exemplos de que a defesa do “alinhamento político” não surtiu os efeitos esperados.
Geraldo Resende diz ainda que toda a bancada sul-mato-grossense está empenhada em lutar para que os R$ 4,8 milhões para o HU de Dourados sejam liberados de uma única vez, ainda esse ano. Mas acrescenta que neste momento somente o governador José Orcírio, o prefeito Laerte Tetila e o PT de MS podem dar a resposta ao questionamento da população, se valeu a pena a proposta do alinhamento político.
“Vamos fazer todos os esforços, todo tipo de pressão e cobrança para que os recursos do HU saiam na sua totalidade esse ano. Mas se isso não acontecer, será uma decepção muito grande, pois o povo acreditou na tese defendida exaustivamente pelo PT de Dourados. Além disso, a ativação do HU é uma necessidade urgente da comunidade de toda a região”, salienta o parlamentar.
Concluindo, Geraldo Resende afirma acreditar na sensibilidade e no compromisso firmado pelo ministro da Saúde, Humberto Costa, “que tem demonstrado um bom desempenho em sua pasta”, salientando que “neste momento, somente a união de forças políticas poderá rever, para maior, a quantia que a área técnica propôs”.