16/12/2003 17h14 – Atualizado em 16/12/2003 17h14
O ano de 2003 foi o terceiro ano mais quente já registrado pelos cientistas que avaliam as temperaturas do planeta desde 1861. Segundo relatório da OMM (Organização Meteorológica Mundial) divulgado hoje, apenas os anos de 2002 e 1998 registraram temperaturas mais elevadas que este ano. A entidade diz ainda que o buraco na camada de ozônio na Antártica atingiu, em setembro, um tamanho jamais registrado pelos cientistas: 28 milhões de metros quadrados. Segundo a OMM, 21 mil pessoas morreram no continente europeu por causa da onda de calor.
O que mais preocupa a OMM é que o aquecimento do planeta está se acelerando. O século XX, que registrou um aumento de 0,6 graus centígrados na temperatura do planeta, foi o centenário mais quente dos últimos mil anos no hemisfério norte. O aumento da temperatura foi três vezes mais rápido entre 1976 e hoje que entre 1900 e 1975. Apesar dos fenômenos anormais, a ONU é cautelosa em afirmar que o motivo seria o aquecimento global causado pelas atividades humanas. Segundo os cientistas, o aumento de furacões, secas, inundações ou degelo não são explicados apenas por um fator. “O planeta é uma máquina complexa”, diz o estudo da OMM.
Mas o ano não foi apenas de temperaturas altas. A Rússia registrou 45 graus negativos e, no Peru, mais de 200 pessoas não sobreviveram a um frio de 20 graus negativos. A OMM aponta que a cobertura de neve no hemisfério norte foi a segunda maior da história. Mas, paradoxalmente, as geleiras do Ártico estão diminuindo a um ritmo cada vez mais acelerado.
Fonte:Agência Estado