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sábado, 17 de maio de 2025

Chinês é preso por fazer campanha católica

16/12/2003 17h11 – Atualizado em 16/12/2003 17h11

Um técnico em informática foi detido na província de Jilin (nordeste da China) por publicar na Internet artigos em apoio à Igreja Católica clandestina do país, segundo denúncia feita hoje por grupos defensores dos direitos humanos. Zhang Shengqi foi detido no mês passado, durante uma operação policial na casa de sua namorada, sob a acusação de vender segredos de Estado, segundo a denúncia da associação China Aid, com base nos Estados Unidos.

Zhang foi enviado a uma prisão na cidade de Hangzhou, província de Zhejiang (leste), onde outros dois ativistas religiosos foram detidos. As autoridades não confirmaram a detenção e uma funcionária da delegacia de Hangzhou, que se identificou como Liu, disse não saber nada sobre o caso.

Zhang poderia ser um colaborador do ativista cristão Liu Fenggang na campanha feita na Internet para denunciar a perseguição contra a Igreja Católica clandestina em Hangzhou. Liu também foi preso nessa cidade no último dia 13 de outubro, por investigar o envolvimento de autoridades na destruição de igrejas cristãs na região.

Segundo o Centro de Informação para os Direitos Humanos, com sede em Hong Kong, pelo menos dez igrejas cristãs foram demolidas em Hangzhou desde julho passado. Nos últimos meses, principalmente após a realização da convenção anual do Partido Comunista Chinês (PCCh) em outubro, as detenções de dissidentes religiosos foram intensificadas.

Naquele mesmo mês, as autoridades prenderam sete ativistas religiosos e políticos, poucos dias após terem detido 12 padres da Igreja Católica clandestina e derrubado uma igreja na província de Hebei (centro). A Constituição da China, um Estado laico, garante a liberdade de culto, mas persegue qualquer atividade religiosa fora da Igreja Patriótica da China, uma instituição controlada pelo Estado e independente do Vaticano, com quem o país rompeu relações em 1957.

Segundo o Vaticano, cerca de dez milhões de fiéis pertencem à Igreja Católica clandestina, enquanto que a Igreja Patriótica Católica contaria, segundo os dados oficiais chineses, com cinco milhões de praticantes.

Fonte:Agora MS

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