16/12/2003 16h09 – Atualizado em 16/12/2003 16h09
A polícia deve fazer a reconstituição do acidente do carro dirigido pelo cantor Leonardo que deixou um morto e três feridos no dia 17 de novembro, na cidade de Jussara, a 240 km de Goiânia (GO). O laudo do Instituto de Criminalística do Estado que ficou pronto na última sexta-feira descartou falha mecânica, mas não foi conclusivo.
Com o problema mecânico descartado, restariam as possibilidades de falha humana e problemas na pista da rodovia onde ocorreu o acidente, entre outros eventuais imprevistos. De acordo com a Polícia Civil de Goiás, entretanto, a Polícia Rodoviária Federal não constatou nada de errado com o trecho da pista onde a caminhonete Land Rover capotou.
Por conta dessas dúvidas, o delegado-chefe da assessoria de imprensa da Polícia Civil, Norton Luiz Ferreira, afirmou que a reconstituição será necessária. A necessidade é reforçada pela violação do local do acidente, que passou por mudanças antes de a perícia fazer seu trabalho.
Na reconstituição, terão de estar presentes o cantor Leonardo e todos os envolvidos aptos a comparecer. Além disso, os envolvidos também terão de prestar depoimento para esclarecer detalhes sobre o caso.
Leonardo ainda não depôs na polícia. O delegado de Jussara, Abadio Vicente Inácio, afirmou que ainda não recebeu o laudo e, por isso, não pôde confirmar a reconstituição do crime. Cabe a ele marcar a data e convocar os envolvidos, incluindo o cantor.
As três vítimas sobreviventes do acidente vão prestar depoimento ao delegado por meio de carta precatória. Como moram em Brasília, eles vão receber as perguntas por meio de carta. Com as respostas e o laudo em mãos, o delegado de Jussara vai determinar os próximos passos do caso.
As vítimas podem entrar com uma representação contra Leonardo por lesão corporal. O cantor já está sendo investigado por homicídio culposo, em que não há a intenção de matar. No acidente, Leonardo sofreu apenas ferimentos leves. O segurança que acompanhava o cantor, Sebastião Figueiredo Arantes, morreu no local. Ele era padrinho de José Felipe, de 5 anos, um dos cinco filhos de Leonardo.
Leonardo estava com mais outras três pessoas: o delegado Rodrigues Bessa, o músico José das Dores Fernandes, conhecido como Zé Mulato, e o diretor da Polícia Civil de Brasília, Ayrison Roberto Pequeno.
Fonte: Babado