31.2 C
Três Lagoas
sábado, 17 de maio de 2025

Sindicato pede ao Ministério Público o afastamento do chefe da UNEI

16/12/2003 19h10 – Atualizado em 16/12/2003 19h10

Compareceram hoje, na redação do Diário MS, dirigentes sindicais do Sindicato dos Trabalhadores da Seguridade Social do Mato Grosso do Sul – SINTESS, apresentando cópias de uma denúncia protocolada junto ao Ministério Público. O Sindicato faz sérias denúncias contra o chefe da Unidade Educacional de Internação de Três Lagoas Mamede João da Silva. Algumas das denuncias protocolas na segunda-feira, 15 no Ministério Público são: moscas varejeiras dentro da comida dos internos, descumprimento de horários por parte da cozinheira da Unidade, saídas da Unidade com os internos sem destino definido; liberação, sem segurança, de adolescente homicida para fazer curso no período noturno; retirada de alimentos da Unidade para particulares; entrada de menor de cinco anos dentro da Unidade; cozinha em estado precário; desrespeito dos educandos para com as autoridades educacionais; educandos levados a lugares públicos, sem necessidade; educandos são levados para ao fórum do município (segundo as denuncias os educandos não tinham audiência naqueles dias); educando homicida com inúmeros privilégios; como liberar a entrada da namorada de um interno, mesma a moça sendo menor de idade; entre outras denúncias.

DENÚNCIA GRAVE

Uma das mais graves, afirma que o chefe da Unidade libera um educando durante 13 horas por dia, mais os finais de semana e feriados. O Sindicato afirma que o adolescente é homicida e não possui família em Três Lagoas.

Além da autoridade do Sindicato, assinam a denúncia o soldado da policia militar Wanderley Gregoletto, o supervisor José Gonçalves da Silva e os agentes educadores Mauro Vicente Jerônimo e Alex Sander Pancini. A denúncia, assinada por João Batista Pinheiro, dirigente sindical, foi recebida pelo Promotor de Justiça Celso Antonio Botelho de Carvalho.

A reportagem conversou pelo telefone com o Promotor que informou, que em uma semana começa apurar as denuncias, e, que tem trinta dias para concluir o trabalho.

Chefe da Unei rebate acusações

O Chefe da Unei (Unidade educacional de Internação) Mamede João da Silva rebateu as acusações feitas pelo Sindicato dos Trabalhadores de Seguridade. Mamede afirma que as acusações são infundadas e sem embasamento. “Algumas das acusações a mim feitas chegam a ser ridículas”, argumentou.

A reportagem do Diário MS em entrevista com o Chefe da Unidade, que fez questão de mostrou o interior da Unidade e afirmou que todos os problemas já levantados em outras ocasiões foram solucionados, entre eles a falta de camas e colchões para os menores infratores.

Sobre os alimentos, Mamede afirmou que estavam recebendo tratamento adequado. As carnes, por exemplo, encontravam-se dentro de um freezer, todas devidamente embaladas.

A maioria dos funcionários que conversaram com a equipe de reportagem, afirmaram que o Chefe seria incapaz de retirar algo de dentro da instituição. “ O Mamede só ajuda aqui, ele não tira só acrescenta”, confirmou a assistente social Keila de Oliveira Lima.

INVESTIGAÇÃO EM ANDAMENTO

Mamede completou dizendo que já existe um a investigação sendo feita para saber quem está por trás de tais acusações, e que o responsável será transferido da Unidade. “O problema é que as pessoas que estão fazendo essas acusações são pessoas de vidas duplas que não estão acostumadas a seguirem horários e cumprirem com os seus trabalhos, por isso que eles querem que eu saia. Mas com certeza essas pessoas serão transferidas para outro lugar”, completou ele.

Para finalizar Mamede declarou que, “se essas acusações fossem realmente verdadeiras, essas pessoas diriam seus nomes e não ficariam no anonimato”, finalizou ele. Mesmo diante de insistentes pedidos, à reportagem foi proibida de falar com os educandos.

Leia também

Últimas

error: Este Conteúdo é protegido! O Perfil News reserva-se ao direito de proteger o seu conteúdo contra cópia e plágio.