21/01/2004 15h17 – Atualizado em 21/01/2004 15h17
Qualquer que seja a decisão do Comitê de Política Monetária, hoje, sobre a redução da taxa básica de juros (Selic), o Brasil permanecerá com o incômodo título de campeão mundial dos juros altos. A taxa real (descontada a inflação prevista para os próximos 12 meses) está em 9,9% ao ano, de acordo com levantamento da consultoria Global Invest. A segunda colocada no ranking é a Hungria, com 8,6%.
Nas contas do economista Alexsandro Agostini, para que o Brasil perdesse a liderança, o Copom teria de reduzir a Selic em 1,5 ponto percentual, o que ele admite estar fora de cogitação. A taxa básica nominal (sem considerar a inflação) está em 16,5% ao ano e a maioria dos analistas prevê um corte de 0,5 ponto percentual, embora nos últimos dias tenham crescido as apostas numa redução de 0,75 ou até mesmo de 1 ponto.
Agostini explica que, apesar do recuo de 10 pontos percentuais da Selic em 2003, a redução não acompanhou o ritmo de queda da inflação. Por isso, os juros reais subiram. O economista acredita que o Copom deverá cortar a taxa básica em 0,5 ponto por mês até março, para que o país deixe o topo do ranking.
Fonte:JB On line