10/02/2004 17h09 – Atualizado em 10/02/2004 17h09
O tratamento intensivo para crianças disponibilizado para pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) e que chega a ser compartilhado pelos de convênio, segundo o diretor-técnico da Santa Casa, Leonardo Herrero, traz prejuízos pelo alto custo. O atendimento público é considerado deficitário pois demanda pessoal, tecnologia específica, medicamentos e os recursos do governo federal não suprem a necessidade, alega a instituição. “Não posso afirmar quanto é gasto, mas o Ministério da Saúde já constatou que hospitais do tamanho da Santa Casa têm sido inviáveis, pois dão prejuízos e cumprem seu papel”, explicou.
A realidade que esbarra em gerenciamento dos recursos públicos, em contrapartida ao aumento da população, não interesse em fazer o pré-natal e falta de hospitais equipados, resultam diretamente na qualidade do atendimento. “Hoje a Santa Casa trabalha atendendo de 85% a 90% de sua capacidade o SUS (Sistema Único de Saúde) quando o convênio prevê até 70%. A situação é difícil, pois se chegar mais uma criança que precisa ser internada não temos vagas”, ponderou dizendo que a equipe médica acaba por fazer malabarismos para tentar priorizar os casos mais graves. “Não temos espaço. O setor do CTI Pediátrico, por exemplo, necessita de todos os aparelhos e não adianta trazer pacientes para correr risco de vida”, disse o pediatra intensivista Ricardo Bomussa confirmando a alta complexidade que demanda os setores específicos para o atendimento de crianças em estado grave. Ocupando um leito no CTI, sendo que deveria estar na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal, a menina recém-nascida que apresentou má formação abdominal, recebe o atendimento da fisioterapeuta. A criança é de Ponta Porã, sul de Mato Grosso do Sul.
Fonte:Campo Grande News





