10/02/2004 09h33 – Atualizado em 10/02/2004 09h33
O Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) teme que o descontrole na região de Japorã possa ter facilitado a entrada de bovinos do Paraguai, que é proibida devido à constatação de febre aftosa naquele País, o último foco no fim do ano passado. Na região de Japorã 14 fazendas foram invadidas por índios em dezembro do ano passado e várias permanecem ocuparas. Até mesmo os técnicos do Iagro estão impedidos de entrar no local e, diante do pedido de uma perícia pelos produtores para avaliar os prejuízos, a vacinação contra febre aftosa, que ocorreria amanhã com suporte da Polícia Federal, corre um grande risco de ser suspensa, segundo o Gestor de Defesa Sanitária Animal do Iagro, Afonso Dutra de Oliveira.
Caso a justiça determine a perícia, afirma, o Iagro deve pegar uma carona para promover a vacinação e conferir a procedência dos animais, verificando se houve ou não o contrabando desde que as áreas foram tomadas por caiuás-guaranis. O rebanho local é de aproximadamente 9 mil bovinos. “Se os produtores realmente quiserem a perícia teremos que esperar. Poderíamos entrar à força para vacinar mas isso criaria um novo foco de conflito”, explica Afonso.
Segundo ele, ainda, não há casos recentes de febre aftosas no Paraguai confirmados oficialmente nem informações de bastidores sobre o assunto, mas ainda assim o descontrole na região de fronteira preocupa. A região invadida, segundo ele, fica a menos de 10 quilômetros daquele País. “A vacinação de novembro foi bem-feita mas a vigilância tem temores”, diz. A primeira etapa de vacinação contra febre aftosa começou em 1º de fevereiro e vai até o dia 28, envolvendo animais de até 12 meses.
Fonte:Campo Grande News
