11/02/2004 08h11 – Atualizado em 11/02/2004 08h11
Uma missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) iniciará amanhã, quarta-feira, a primeira revisão de um acordo assinado em dezembro com o Brasil, o que poderá fazer com que o país tenha acesso a um crédito para blindar sua economia.
Os representantes do FMI, que hoje coletaram estatísticas e dados econômicos no Rio de Janeiro, vão se reunir esta semana em Brasília com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, entre outras autoridades econômicas brasileiras.
Em meados de dezembro, o organismo financeiro internacional aprovou a extensão por 15 meses de outro acordo financeiro assinado com o Brasil em 2002, além de um aumento de 6,6 bilhões de dólares a esse programa.
Há dois anos, o FMI autorizou que o Brasil tivesse à sua disposição 30 bilhões de dólares para proteger sua economia contra os altos e baixos do mercado financeiro nacional, que enfrentou as conjeturas causadas pela campanha presidencial.
Desse total, os brasileiros, que se comprometeram a reduzir a dívida pública interna, entre outras determinações do FMI, puderam ter acesso a 21,8 bilhões de dólares.
Há dois meses, o Governo comunicou ao FMI que não utilizaria a última parcela de 8,2 bilhões de dólares, já que preferia manter a quantia guardada para uma emergência, e pediu um crédito adicional.
Posteriormente, em meados daquele mês, o FMI deu ao Brasil 6,6 bilhões de dólares a mais que, somados à quantia remanescente, permitirão ao país contar com 14,8 bilhões para blindar sua economia contra possíveis crises econômicas, como justifica o Governo.
Diversos representantes do Ministério da Fazenda afirmaram que o Executivo não pretende utilizar esses recursos, salvo em uma emergência, e que cumprirão as determinações estabelecidas pelo FMI no acordo de 2002.
Se a missão que está atualmente no país considerar que o estipulado foi cumprido, nas próximas semanas os diretores do FMI em Washington poderão anunciar que o Brasil terá à sua disposição 1,4 bilhão de dólares, primeira parcela do novo acordo.
Fonte:Agência EFE





