11/02/2004 16h58 – Atualizado em 11/02/2004 16h58
Na volta às aulas na rede pública de ensino reaparecem problemas corriqueiros e sempre resolvidos de última hora. Na rede estadual, com o início da aula hoje para 330 mil alunos distribuídos em 360 escolas o que faltou foram professores, porém sobram vagas. Já a rede municipal em Campo Grande iniciou as aulas para 75 mil alunos na segunda-feira. Em pelo menos três escolas, os alunos foram deslocados para anexos por causa de obras nos prédios.
Na rede estadual, a mudança no sistema de convocação de professores afetou o início das aulas em algumas disciplinas. Antes chamados nas próprias escolas, desta vez cerca de 10 mil apresentaram currículo e houve seleção. A dificuldade está em encontrar alguns professores de química, física e educação artística, principalmente.
Nesta manhã, em entrevista ao Bom Dia MS, da TV Morena, o secretário estadual Hélio de Lima admitia o surgimento de problemas nos primeiros dias, prometendo a solução em uma semana. A justificativa dele foi de que seria natural haver dificuldades, uma vez que se tratam de 330 mil alunos. No ano passado, faltaram carteiras e cadeiras. Desta vez foram encaminhados 9,5 mil conjuntos escolares. Conforme o secretário, chegariam hoje 3 caminhões com carteiras para as escolas de Dourados.
Nas escolas estaduais ainda há 11 mil vagas, a maioria para alunos do EJA (Ensino de Jovens e Adultos). Em Campo Grande são 3.350 sobrando no ensino médio, que é a obrigação do Estado. O Joaquim Murtinho só abriu vagas para a 8ª série e as três do ensino médio, sobrando vagas e no Hércules Maymone há oito salas vazias.
Na rede municipal, a secretária Maria Nilene Badeca, explicou que as escolas Lenita de Sena Nachif, no jardim Centro-Oeste; João Evangelista Vieira de Almeida, na vila Almeida; e Imaculada Conceição, no jardim Batistão, estão em reforma para ampliação e alguns alunos irão estudar temporariamente em anexos.
Ela cita como um caso que deu mais trabalho, e não foi a primeira vez, a escola Padre Thomaz Girardelli, no Dom Antônio Barbosa. Ela tem 32 salas e por estar em uma região populosa o número de alunos supera o de vagas. Para tentar amenizar o prejuízo, a secretaria elevou para o período noturno duas salas de 8ª séries, para abrir outras para alunos de 1ª e 2ª séries.
A secretária explicou que muitos pais não procuraram a escola com antecedência e só de última hora queriam fazer a matrícula. Aos que não conseguiram vaga, segundo Maria Nilene, a recomendação foi procurar a escola mais próxima, no jardim Pênfigo, a cerca de 1,5 quilômetro da Padre Thomaz.
Fonte:Campo Grande News




