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quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Procuradora nega exapansionismo em demarcação de terras

12/02/2004 16h28 – Atualizado em 12/02/2004 16h28

A procuradora da República Ela Wiecko Volkmer de Castilho afirmou hoje no Senado, durante audiência pública que discute os conflitos agrários entre índios e fazendeiros em Mato Grosso do Sul e Roraima, que existe algum tipo de litígio em todas as aldeias do Estado. A procuradora informou ainda que as terras ocupam também o Paraguai e que a área dos guarani, que juntamente com caiuás e nhambeva ocuparam fazendas na região sul do Estado, corresponde a 25% do território de Mato Grosso do Sul.

Em seu pronunciamento, Ela Wiecko negou a existência que exista expansionismo em terras indígenas e afirmou que, no caso dos Guarani, mesmo com a dimensão, os índios desejam a área completa. Citando os fatos que ocorreram no Estado, a procuradora afirmou que os indígenas foram expropriados de suas terras, tomadas à força e com violência, tendo que ficar em locais isolados, processo iniciado com a Guerra do Paraguai.

Ela de Castilho lembrou que demanda indígena que existe há muito tempo, e chegou lamentar a demora no processo. Conforme determina a Constituição federal, o prazo final para a demarcação das terras indígenas foi 1993. “ Ninguém estimula que os índios ocupem fazendas, o que existe é uma demanda social desses índios por essas terras”, resumiu.

Segundo a Agência do Senado, a procuradora afirmou que ninguém fala em devolver todas as terras do País para os índios, como foi dito pelo senador Augusto Botelho (PDT/RR), e defendeu que esse raciocínio se raciocínio que fundamenta a demarcação de áreas tradicionalmente ocupadas poderia referir-se a todo o território nacional. “Não podemos voltar na história. Houve genocídio, povos foram exterminados. Mas estamos em outra época. Não queremos agora acabar com esses povos. Se desejamos um país baseado na solidariedade, entendemos que essas etnias devem sobreviver”, declarou.

Fonte:Campo Grande News

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