13/02/2004 16h24 – Atualizado em 13/02/2004 16h24
Bataguassu recebe neste final semana, sábado e domingo, mais duas turmas do treinamento de Capacitação de Condutores de veículos de transporte de bovinos. O treinamento é gratuito e o público alvo são motoristas de caminhões boiadeiros. A promoção é do Núcleo Gestor da Cadeia da Carne de Mato Grosso do Sul e a responsabilidade técnica é do Senat – Serviço Nacional de Aprendizagem no Transporte.
Em Campo Grande, o mesmo treinamento atingiu 178 motoristas em 2003 e teve avaliação final como ótimo por 77% dos entrevistados, a principal deficiência desses profissionais é o comportamento no transporte de carga viva. Para lidar com deficiências como esta o treinamento aborda a importância da pecuária no contexto econômico; obtenção de animais terminados para o abate na propriedade; cadeia da carne; comportamento animal; stress e contusões; embarque; procedimentos para o transporte de bovinos; desembarque e relacionamento interpessoal.
Outros fatores trabalhados são os primeiros socorros, onde são vistas as primeiras providências e provimentos básicos como hemorragia; desmaios e convulsões; estado de choque; parada cardíaca e respiratória. Os participantes também aprendem sobre direção defensiva e carga viva, através de tópicos como o papel do motorista no transporte rodoviário; acidente de trânsito; fatores de riscos de acidentes; os cinco elementos da direção defensiva; método básico de prevenção de acidentes; legislação de trânsito; entre outros.
Melhor qualidade no transporte evita perdas
Cerca de 72 toneladas de carne são perdidas anualmente no transporte de bovinos no Estado. Esse número leva em conta estimativa do Senat de que 10% do produto é deteriorado no transporte incidindo sobre a média anual de abates de três milhões de cabeças em Mato Grosso do Sul e o peso médio aproveitado, de 240 quilos por animal. “Durante o transporte o boi se machuca, o que promove estragos. Aquela carne é perdida, assim como o couro, e não é contabilizada para efeito de produção econômica”, afirma Francisco Fluminhan, diretor do Senat.



