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quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

GP da França definiu saída de Montoya

13/02/2004 08h36 – Atualizado em 13/02/2004 08h36

Na fábrica da Williams em Grove, Patrick Head confirmou o que o Grande Prêmio havia antecipado há mais de meio ano, exatamente em 11 de agosto de 2003: a saída de Juan Pablo Montoya e sua conseqüente transferência para a McLaren deu-se em função de um episódio ocorrido no GP da França, em que o colombiano acusou a equipe de ter favorecido seu companheiro Ralf Schumacher.

Juan Pablo, segundo colocado em Magny-Cours em 2003, terminou a prova irritadíssimo com a equipe. Com seu terceiro pit stop previsto para a volta 52, ele decidiu antecipar a parada em duas voltas para tentar tomar a liderança de Ralf nos boxes. “Eu sabia que ele iria pegar tráfego e nas voltas depois que saísse dos boxes, antes da parada dele, eu tiraria a diferença”, contou, na ocasião.

Quando parou, Montoya estava 2s566 atrás do alemão. Pela estratégia do time, seus pit stops seriam feitos sempre uma volta antes de Ralf. A previsão era para as voltas 17, 34 e 52. Ralf faria suas paradas nas voltas 18, 35 e 53. Os dois primeiros aconteceram exatamente como previsto. No terceiro, Juan Pablo avisou em cima da hora que iria para os boxes e a equipe foi rápida, recebendo o piloto e fazendo a troca de pneus e o reabastecimento. O detalhe foi que Ralf também antecipou sua parada. “Essa corrida era minha, vocês tiraram de mim!”, disse o colombiano aos brados, de acordo com testemunhos de funcionários da Williams.

Dois dias depois, Montoya recebeu uma carta assinada pelos donos do time, Frank e Patrick. Eles alertavam o colombiano sobre seu comportamento após o GP, dizendo que se aquilo se repetisse, ele não seria mais piloto da Williams. E Juan respondeu: “Pois então, a partir de agora, não sou mais”.

“Acho que o Juan não ficou impressionado por ter sido censurado e sei que a decisão de assinar com a McLaren foi tomada dias depois daquilo”, contou Head. O dirigente ressaltou que em momento algum a estratégia de Montoya foi contada a Ralf. “Ele disse coisas fortes pelo rádio, xingando o time nos dez minutos seguintes”, relatou o diretor-técnico. Daí, a represália do piloto se viu na pista. “Ele passou a andar cada vez mais lento e terminou entre 15 e 20 segundos atrás de Ralf”.

Segundo Head, um dos agravantes da história é que Montoya, na verdade, odeia ser superado pelo irmão do hexacampeão. “Terminar em segundo atrás de seu companheiro não faz dele um cara feliz. O Juan tem um caráter passional e por isso toma decisões impulsivas, tendo conclusões também impulsivas”, declarou.

Fonte:IG

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