05/03/2004 15h56 – Atualizado em 05/03/2004 15h56
A obra de revitalização da área portuária que margeia o conjunto arquitetônico de Corumbá deverá ser concluída no aniversário do município, no mês de setembro. Após a implantação do muro de arrimo, que permitiu ampliar em 20 metros a extensão de área aberta entre a rua Manoel Cavassa e a margem do rio Paraguai, o projeto de reurbanização da orla já está sendo executado.
As intervenções no porto correspondem a terceira fase do Monumenta, programa que atende as principais cidades históricas do Brasil com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A primeira obra do programa foi a revitalização da Escadinha da XV de Novembro, que liga a parte alta com o rio, e está em andamento a reforma da Praça Generoso Ponce.
Os investimentos do Monumenta totalizam R$ 8,5 milhões e a aprovação do programa teve a participação decisiva do Governo do Estado, que também garantiu a construção do muro de arrimo (R$ 1,5 milhão). A obra de contenção não estava prevista pelo BID. O governador Zeca do PT anunciou que o Estado assumirá a contra-partida do município, de R$ 1,8 milhão, caso a prefeitura não tenha recursos.
Com a reurbanização prevista no Monumenta, o porto-geral de Corumbá terá um novo visual e ganhará valorização cultural e turística sem perder suas características. Será transformado num complexo de lazer, entretenimento e de contemplação do casario tombado pelo patrimônio histórico nacional e do Pantanal. Terá mirantes, praça de eventos, calçamento, quiosques e passeio.
A obra, avaliada em R$ 1,6 milhão, está contratada e o prazo de entrega será reduzido de dez para sete meses, informou o secretário municipal de Médio Ambiente, Cultura e Turismo, Ângelo Rabelo. Os serviços foram iniciados há uma semana e nessa primeira fase os operários estão desobstruindo o canteiro central, com a retirada do piso atual, árvores, fiação elétrica e postes.
Após a conclusão da reurbanização do porto, começa a última etapa do Monumenta, que é, efetivamente, a reforma dos prédios históricos. Os proprietários terão financiamento direto do BID, com prazo de 15 anos de pagamento. O projeto prevê uma atividade para cada casarão, desde restaurantes, choperias, boates, salas de jogos e lojas de artesanatos.
Fonte:MS Noticias